Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Buracos negros disparam matéria para o meio do nada

Simulação revelou que eles não só sugam as coisas, como cospem - poderosamente

Por Fábio Marton
Atualizado em 31 out 2016, 19h07 - Publicado em 26 fev 2016, 18h15

O universo tem muito mais do que os olhos podem ver. Somente 4,9% da matéria e energia nele é do tipo comum, visível. Todo o resto é matéria e energia escura. Metade da matéria, escura ou normal, está concentrada nas galáxias e 44% está distribuída em filamentos envolvendo elas, no que os astrônomos chamam de “teia cósmica” – que só pôde ser vista e comprovada em 2014.

Mas os 6% são a parte interessante: essa matéria basicamente está no nada – ou vazio (“void” em inglês) como os cientistas o chamam, o espaço intergaláctico que corresponde a 80% do volume do universo. E, se estamos falando em matéria normal, essa cifra sobre para mais significativos 20%.

LEIA: Astronauta vestido de gorila voa pela Estação Espacial

Não é assim que o universo funciona. Após o Big Bang, a gravidade fez a matéria se agregar em galáxias e a teia cósmica em volta delas. O vazio devia estar… ora, vazio. Como essa matéria toda foi parar lá?

Continua após a publicidade

Toda essa descrição precisa e sua possível resposta veio de uma simulação usando supercomputadores, liderada pelo astrofísico Marcus Haider, da Universidade de Innsbruck (Áustria). A resposta está na zona de acreção dos buracos negros – a parte visível, formada por gás orbitando os monstros galácticos, superaquecido pela fricção causada por sua gravidade. Quando algo está caindo num buraco negro, pode acabar se transformando em energia. E parte dela vai para fora, não dentro, atingindo a zona de acreção e causando imensas erupções de matéria – tão poderosas que essa matéria atravessa a galáxia e a teia cósmica, e vai parar no meio do nada.

Em outras palavras, os buracos negros não só chupam, como cospem – forte. E essa cuspida tem um efeito a uma distância muito maior que sua atração gravitacional. “Nossa simulação, uma das mais sofisticadas já rodadas, sugere que os buracos negros no centro da galáxia estão ajudando a mandar matéria para os lugares mais solitários do universo”, resume o professor Haider. “O que queremos fazer agora é refinar nosso modelo e confirmar esses achados iniciais”.

LEIA TAMBÉM: 

Continua após a publicidade

Nasa está fazendo testes para plantar batatas em Marte

Esse é o primeiro mapa de Marte desenhado por humanos

Einstein confirmado: cientistas detectam ondas gravitacionais

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.