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China está construindo um sistema que controla o clima

O objetivo da iniciativa é controlar a região do Planalto do Tibete, uma área do tamanho do sudeste brasileiro

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
11 Maio 2018, 19h33

Amanhã, fortes pancadas de chuva atingirão a região — caso o governo queira. Essa pode ser a previsão do tempo em breve. Chineses estão trabalhando para criar um sistema que controla o clima, e as regiões afetadas podem ter uma área superior ao sudeste brasileiro.

O projeto tem um alvo: o Planalto do Tibete. A região localizada no oeste da China é uma das principais fontes de água do país. É lá que ficam as nascentes do Yangtze, do Mekong e do Rio Amarelo — os três maiores, que somados percorrem uma distância de 16 mil km, montante 60% maior que o Amazonas.

A ideia é fazer chover na região para tornar as fontes ainda mais abundantes. Uma medida desesperada para tentar solucionar um problema desesperador: só 40% das águas não estão poluídas. Na prática, isso cria racionamentos notáveis. Em 2015, por exemplo, cada morador de Pequim poderia usar, no máximo, 1.700 m³ de água — 70% a menos do que a ONU considera viável.

Se a operação der certo, a região passará a pingar 10 bilhões de m³ por ano — o equivalente a 7% do consumo chinês de água.

A funcionalidade se baseia em um sistema: 10 mil câmaras são instaladas na região em que se quer que chova. As máquinas produzem partículas de iodeto de prata, que é lançado na atmosfera por meio dos ventos que circundam as montanhas. Eis que as moléculas prateadas funcionam como uma espécie de ímã de umidade: elas conseguem centralizar o vapor da água ao seu redor e, consequentemente, formar nuvens. “Às vezes, começava a nevar imediatamente após ligarmos as câmaras. Era como um show de mágica”, afirmou ao jornal South China Morning Post um engenheiro envolvido no projeto, que preferiu não se identificar.

A iniciativa não é inédita. Governos dos EUA e da própria China, durante as Olimpíadas de 2008, já usaram o iodeto de prata para fazer cair água do céu. Mas nunca um projeto mirou numa área tão grande como os 1,6 milhões de km² em vista dessa vez. Uma região maior do que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espirito Santo somados.

O projeto está sendo tocado pelo Centro de Tecnologia e Ciência Aerospacial da China, um órgão estatal. Mas ainda não recebeu o ok do governo central para iniciar as chuvas-forçadas. Até porque, apesar da implementação estar praticamente pronta, pesquisadores ainda analisam se alterar as chuvas naquela região prejudicaria outras áreas da China. Eles podem estar só transferindo o problema de lugar.

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