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Cientistas criam laser similar ao da Estrela da Morte

Equipamento usa diamante para unir três feixes de luz menores em um único raio, mais intenso – que não destrói planetas, mas pode derrubar um drone

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 abr 2017, 22h09 - Publicado em 6 abr 2017, 17h01

Na saga Star Wars, a Estrela da Morte é uma estação espacial esférica de mais de 100 quilômetros de diâmetro que carrega 1,7 milhões de tripulantes do exército de Darth Vader. Em seu “hemisfério norte” está instalado um canhão laser com energia suficiente para destruir um planeta inteiro – uma forma de pressão política bem pouco diplomática usada pelo Império Galáctico para evitar agitação política e manter a ordem.

Os disparos de laser da arma de destruição em massa são retratados nos filmes de um jeito que a física da vida real ainda não havia conseguido imitar: sete feixes de laser que saem do contorno da circunferência se convergem em uma espécie de ponto focal distante da superfície da estação – ali, eles se unem em um raio único que parte rumo ao planeta que será destruído. É fácil entender o mecanismo na imagem acima.

Agora, pesquisadores da Universidade Macquarie, em Sidney, na Austrália, conseguiram imitar em laboratório o truque de somar raios de luz – e, à maneira do Império, aumentar (muito) a energia contida nos disparos experimentais.

“Essa descoberta é muito importante do ponto de vista tecnológico”, explicou em anúncio à imprensa Aaron McKay, pesquisador responsável pela criação. “Hoje, pesquisas científicas que usam laser estão com dificuldades, pois aumentar a potência além de um certo limiar cria problemas de superaquecimento. Combinar raios de múltiplas fontes é uma das maneiras mais promissoras de superar os limites de potência atuais.”

No artigo científico, McKay e sua equipe explicam que a chave do experimento está no uso de diamantes – que dissipam calor com muita facilidade e são capazes de concentrar feixes que vem de diferentes direções em um único ponto. No laboratório, um diamante de 9,5 mm conseguiu unir três raios de origens distintas, aproveitando mais de dois terços da energia de cada um deles.

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Quanto à finalidade, bem… Não é dominar a galáxia. Mas dá para brincar de tiro ao alvo. “Lasers de grande potência são úteis para combater mísseis e também funcionam contra a recente proliferação de drones de baixo-custo”, afirmou Rich Mildren, co-autor do estudo. “Eles também tem aplicações no espaço. Podem ser usados para impulsionar veículos espaciais e tirar lixo espacial do caminho de satélites.”

Vale lembrar que Yuri Milner, bilionário russo que prometeu alcançar o exoplaneta Proxima B em meros 20 anos, pretende usar propulsão a laser para chegar à “segunda Terra” – localizada a 4,2 anos-luz daqui.

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