Clitóris dá uma mãozinha aos espermatozoides
Novo estudo concluiu que o papel do órgão vai bem além de proporcionar prazer.
Diferentemente dos machos, as fêmeas podem conceber sem ter um orgasmo. Assim sendo, nunca surgiu um consenso científico sobre o seguinte: por que a evolução, implacavelmente econômica, teria criado o órgão? Claro que há uma resposta bastante simples: ao proporcionar prazer, o clitóris faz com que sua dona tenha vontade de fazer sexo, e a evolução premia quem faz sexo, por motivos óbvios – a única via da evolução é a produção de filhos e, caso a história da cegonha não seja verdade, só há uma maneira de produzir filhos.
Um estudo da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, pode ter encontrado uma resposta mais completa. A conclusão ali foi a de que o clitóris não existe exclusivamente para dar prazer. O órgão ativa o fluxo sanguíneo na vagina, criando lubrificação, mudando a composição química, a oxigenação e a temperatura, além de alterar a posição do colo do útero.
Tudo isso ajuda os espermatozoides a cumprir seu destino. O clitóris, dessa forma, facilita bem a reprodução.
Logo, os animais que tinham um espalharam melhor seus genes ao longo da evolução das espécies.
A equipe da universidade, diga-se, não resistiu a deixar uma tiradinha no próprio paper acadêmico: “O clitóris tem uma função tanto procriativa quanto recreativa”.