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Como são treinados os cães policiais?

Uma só palavra, mantida em segredo pela polícia, serve de comando para o cão render o inimigo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 Maio 2017, 17h45 - Publicado em 31 mar 2001, 22h00

O processo começa quando o filhote faz quatro meses de idade. Nesse período inicial, que dura cerca de oito semanas, o animal limita-se a brincar e a conviver com o policial que será seu parceiro constante. Assim, acostuma-se a identificar o dono pelo cheiro e a comunicar-se com ele. Do sexto ao décimo-quinto mês, o cão passa pelo adestramento propriamente dito, que segue duas ações básicas. A primeira é a repetição de palavras curtas – ordens como “senta!” – até o animal aprender a reconhecê-las. A segunda é uma recompensa, como um biscoito ou um brinquedo, dada quando esses comandos são obedecidos. Na fase mais avançada, o bicho aprende a atacar uma pessoa, prendendo-a com os dentes até o policial mandar soltá-la – além de ser instruído a subir e descer escadas, saltar de lugares altos e habituar-se ao barulho de tiros.

Normalmente, esses cães trabalham nas seguintes ações policiais: imobilizar um suspeito até que seja revistado; atacar criminosos; reconhecer, pelo faro, drogas e explosivos; e localizar pessoas desaparecidas na mata ou em um cativeiro. O aprendizado de cada uma dessas tarefas segue o mesmo método de ordem e recompensa. Com algumas exceções , os cachorros são da raça pastor alemão. “Isso porque ela é completa: sociável, apegada ao adestrador – e com força e resistência adequadas à atividade policial”, diz o capitão Daniel Ramos Ignácio, do Canil da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Ordem de ataque

Uma só palavra, mantida em segredo pela polícia, serve de comando para o cão render o inimigo

(majorosl/iStock)

1. As viaturas que levam cachorros são adaptadas com uma plataforma de madeira no lugar do banco traseiro. O cachorro é treinado para pular pela janela e correr em direção ao suspeito, assim que recebe a ordem

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2. O cão salta sobre o sujeito e agarra seu braço com os dentes, imobilizando-o. Uma mordida dessas equivale a 500 quilos de pressão – um bom motivo para usar, no treinamento, luvas resistentes como a que se vê na foto. Se o suspeito estiver armado, normalmente o impacto do ataque faz a arma cair no chão

3. Enquanto não ouve o comando para soltar sua presa, o cão mantém o sujeito imobilizado. Quando o policial chega, ele mesmo rende e revista o suspeito – mas o cão observa tudo, pronto para atacar mais uma vez, se for preciso

É fogo!

Um cão policial não pode ser medroso. Esta é uma das razões pela qual o treinamento inclui saltos através de uma roda em chamas. O exercício também serve para que o animal saiba o que fazer se for obrigado, por exemplo, a pular pela janela de uma casa incendiada

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Os especialistas

Outras raças, além do pastor alemão, são treinadas para tarefas específicas

(Reprodução/Creative Commons)

O rottweiller, bem mais agressivo que o pastor alemão, é preferido no combate a rebeliões, pelo chamado efeito psicológico: faz qualquer um tremer de medo. Ainda por cima, a pressão de sua mordida equivale a 800 quilos, quase o dobro do pastor. Em compensação, por ser mais pesado e troncudo, cansa mais rápido – motivo pelo qual não é tão utilizado em patrulhamentos rotineiros

Por seu olfato hipersensível e seu instinto de caçador, o labrador é o escolhido para dar plantão farejando drogas em aeroportos e bloqueios rodoviários. Ele é treinado para isso desde pequeno, ganhando ossos de brinquedo recheados, por exemplo, com maconha. A raça é capaz de identificar 25 tipos diferentes de odores, alguns deles imperceptíveis para os seres humanos

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O pastor belga de Malinoá, parente do pastor alemão, é o favorito para a delicada missão de detectar, também pelo olfato, explosivos como pólvora e dinamite. O animal é treinado para jamais encostar nos objetos, pois muitas bombas podem explodir com um simples toque. O labrador, apesar de seu faro fino, é estabanado demais para isso.

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