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Em 10 anos você pode morar na Lua. E não será por causa da especulação imobiliária

Cientistas e astrônomos querem povoar a Lua e usar o aprendizado para fazer o mesmo em Marte

Por Pâmela Carbonari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h58 - Publicado em 10 mar 2016, 20h30

Em agosto de 2014, alguns dos cientistas e astrônomos mais importantes do mundo se reuniram para desenvolver formas baratas e eficazes para construir uma base na Lua capaz de abrigar humanos. Entre eles, estavam o astrobiólogo Chris McKay, da NASA , George Church e Peter Diamandis, da X Prize Foundation. Mas o resultado desse encontro só foi divulgado hoje e é uma ótima notícia para quem quer se mudar deste planeta o quanto antes: uma estação habitada na Lua pode ser criada em breve e sem quebrar os cofres.

A previsão para que essa utopia espacial se torne realidade é bastante imediata. De acordo com as informações publicadas pela revista New Space, poderíamos montar uma pequena estação lunar até 2022 com 10 bilhões de dólares ou menos – o programa Apollo, que levou o homem à Lua pela primeira vez custou o equivalente a 150 bilhões de dólares.

A explicação para o orçamento modesto e o prazo curto não tem nada de outro planeta. Novas tecnologias como impressoras 3D, robôs, carros autônomos (que se dirigem sozinhos) e privadas recicladoras serão alternativas baratas e extremamente úteis nessa migração lunática.

Guardadas as devidas proporções, o homem sabe como sobreviver na Lua, aprendizado da vivência na Estação Espacial Internacional. Os cientistas já desenvolveram suplementos alimentares complexos, mecanismos capazes de reciclar água no espaço e sistemas para equilibrar os níveis de oxigênio e dióxido de carbono.

A realidade virtual, por exemplo, seria útil para ajudar nos esforços de planejamento, desenvolvimento de cenários operacionais, testes de ambientação e treinamento de pessoal. As impressoras 3D são outra tecnologia que tem espaço garantido na maquete lunar: elas podem fabricar peças para foguetes, substituir componentes quebrados e diminuir os custos de lançamento.

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Bilhetes para a Lua na classe executiva

Ao contrário do que geralmente acontece nas migrações terrestres, o ideal seria ocupar a Lua pouco a pouco e em pequenos grupos para passar estadias curtas. Com o passar do tempo (e dos avanços tecnológicos), as missões passariam períodos mais longos por lá, assim como ocorre com a Estação Especial Internacional. 

Nos planos mais ambiciosos, a estação da Lua poderia evoluir para um complexo espacial cheio de soluções multiuso. Alguns pensam nessa estação povoada por centenas de famílias, outros a imaginam como base científica ou até mesmo turística.

A Lua como trampolim para Marte

Mas a NASA não está interessada em enviar outros homens à Lua, a concentração agora é para chegar a Marte em 2030. “Para mim, a Lua é tão sem graça quanto uma bola de concreto. Mas não teremos uma base de pesquisa em Marte se não fizermos isso primeiro na Lua”, afirma Chris Mckay.

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Construir uma estação na Lua seria um teste para Marte. Uma valiosa oportunidade de testar sistemas de propulsão, adaptação, comunicações e formas de sobrevivência para os astronautas, com a diferença do tempo de viagem: 9 meses de distância contra apenas alguns dias até a Lua.

O grande impasse para o sonho da casa própria na Lua é a NASA, que só vai se dar ao luxo de escolher um dos destinos, ou a Lua ou Marte. Se McKay e seus colegas estiverem certos, nós podemos ir aos dois – mas antes precisamos incluir robôs e impressoras 3D na bagagem.

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