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Estudo sugere que cães conseguem farejar Parkinson antes mesmo de sintomas

Além das alterações motoras, a doença também provoca aumento na produção de sebo da pele – e pode ser aí que está o odor que cães treinados podem detectar.

Por Bela Lobato
26 jul 2025, 14h00

Mesmo que pareçam ter uma preferência por meias usadas, os cães têm um faro extremamente sensível – podem localizar drogas, restos mortais e até minerais no solo. A habilidade também serve para detectar doenças humanas, como o câncer de próstata, hipoglicemia, malária e até Covid-19. 

Agora, um novo estudo aponta que o faro especial dos cães pode detectar até doenças do cérebro e do sistema nervoso, como Parkinson. Pelo menos é o caso de um Bumper, um golden retriever com dois anos, e de Peanut, um labrador com três anos. Eles foram treinados por semanas com mais de 200 amostras de pacientes com Parkinson e de indivíduos saudáveis.

Os dois foram capazes de detectar Parkinson corretamente em 80% dos casos – e eram ainda mais precisos na hora de excluir quem não tinha a doença, com uma taxa de 98% de acerto. Os resultados foram publicados na semana passada no Journal of Parkinson’s Disease.

Os cães não foram treinados para farejar as pessoas propriamente, mas amostras de sebo e suor da pele em um estande. Eles eram recompensados em duas situações: quando indicavam corretamente uma amostra positiva para Parkinson ou quando ignoravam corretamente uma amostra negativa. 

Para os autores, os resultados apontam alta sensibilidade e especificidade no olfato dos cães, e indica a existência de uma “assinatura olfativa” para Parkinson – ou seja, um cheiro específico. 

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Isso pode acontecer porque, além de provocar alterações motoras, um dos primeiros sinais da doença de Parkinson é o aumento na secreção de sebo pelas glândulas sebáceas da pele, tornando a pele dos pacientes excessivamente oleosa. Segundo a hipótese dos autores, é justamente aí que pode estar o cheirinho especial que os cachorros conseguiram detectar.

“Os níveis de sensibilidade de 70% e 80% estão bem acima do acaso e acredito que os cães podem nos ajudar a desenvolver um método rápido, não invasivo e econômico para identificar pacientes com doença de Parkinson”, disse a pesquisadora principal Nicola Rooney, em um comunicado à imprensa.

“Atualmente, não há nenhum teste precoce para a doença de Parkinson e os sintomas podem começar até 20 anos antes de se tornarem visíveis e persistentes, levando a um diagnóstico confirmado”, disse Claire Guest, CEO e diretora científica da Medical Detection Dogs, no mesmo comunicado. “O diagnóstico precoce é fundamental, pois o tratamento pode retardar a progressão da doença e reduzir a intensidade dos sintomas.”

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