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Fungo devastador está dizimando populações inteiras de sapos e salamandras

Levantamento estima que pandemia tenha levado à extinção 90 espécies de anfíbios e provocado o declínio de 500 delas desde os anos 1980.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 29 mar 2019, 18h56 - Publicado em 29 mar 2019, 18h35

Os sapos do mundo estão em apuros. Desde que um fungo mortal surgiu na década de 1980, provavelmente na Ásia, dezenas de espécies de anfíbios foram extintas e centenas entraram em declínio por conta da enfermidade que ele provoca. Ao todo, a pandemia de quitridiomicose exterminou 90 tipos diferentes de sapos e salamandras e reduziu drasticamente a população de outros 500 — 7% do total existente no planeta.

Esses preocupantes resultados foram publicados nesta sexta-feira (29) na revista Science. É o maior levantamento do gênero já conduzido sobre essa mortandade dos anfíbios. A equipe internacional de pesquisadores descobriu que nunca nenhum patógeno conhecido provocou uma perda tão grande de biodiversidade em qualquer outro grupo de animais.

Trabalhos anteriores já haviam investigado aspectos da dispersão da doença e mensurado seus impactos nos anfíbios. Mas, até então, tais esforços haviam se concentrado em uma escala regional — o novo estudo compilou dados abrangentes para caracterizar o problema no mundo todo. Os culpados por esse verdadeiro apocalipse de sapos e salamandras são os fungos Batrachochytrium dendrobatidis e Batrachochytrium salamandrivorans.

A infecção ataca a pele dos anfíbios, que é justamente a parte mais vital para sua sobrevivência. É através da pele permeável que eles respiram e garantem o bom funcionamento de seu sistema imunológico. Com o metabolismo comprometido, os animais contaminados acabam sofrendo parada cardíaca.

Como se não bastasse a ameaça da quitridiomicose, a humanidade tem tornado a vida dos sapos ainda mais complicada. Perda de habitat e mudanças climáticas contribuem diretamente para o declínio. Apenas 12% das espécies afetadas mostram algum sinal de recuperação. Mas nem tudo é desgraça para os anfíbios. Análises recentes apontam que o número de novas espécies atingidas é baixo, o que indica que alguma forma de resistência à doença está emergindo. Tratamentos antifúngicos também têm demonstrado eficácia. Força, sapos.

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