Genes dos “primeiro ibéricos” quase não existem mais
Há 4,5 mil anos, imigrantes mudaram radicalmente a composição genética da região.
A maior análise genética já realizada na Península Ibérica mostra que o DNA dos habitantes originais da região está sumindo.
Pesquisadores estudaram o material genético de 300 pessoas, que viveram na região de Espanha e Portugal entre 500 e 13 mil anos atrás. Infelizmente, o legado genético deles não durou muito tempo.
Uma comparação entre os cromossomos Y dos espanhóis antigos e modernos mostra que a população atual é majoritariamente composta de descendentes de outros povos, vindos da Europa Central. Esses imigrantes começaram a aparecer no território ibérico há 4,5 mil anos, mas fizeram a limpa nos genes do povo mais antigo.
O motivo da mudança ainda é desconhecido, mas o fato é que esses recém-chegados deixaram um número tão superior de descendentes vivos que tomaram conta do patrimônio genético dali para frente.
A única exceção para esse padrão é o País Basco: sendo uma região tradicionalmente independente e separada das outras, não é tão surpreendente que eles tenham se misturado menos que o restante do povo. O pool genético deles, portanto, acabou menos afetado por essa migração vinda da Europa Central. Por lá, portanto, é bem mais fácil encontrar genes dos espanhóis “vintage”.