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Infravermelho revela tatuagens em múmias egípcias de 3 mil anos

Tecnologia encontrou marcas em corpos da vila de Deir el-Medina; pesquisadores ainda estão investigando o significado dos símbolos.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 4 dez 2019, 17h53 - Publicado em 4 dez 2019, 17h52

Se engana quem acha que o hábito de tatuar é coisa dos tempos modernos. Na verdade, as tatuagens são uma forma antiga de arte que aparece em várias culturas ao longo da história. E, agora, com o uso da fotografia infravermelha, que utiliza comprimentos de onda invisíveis a olho nu, tatuagens em múmias egípcias de pelo menos 3 mil anos estão sendo descobertas.

“É muito mágico trabalhar em um túmulo antigo e de repente ver tatuagens em uma pessoa mumificada”, disse a arqueóloga Anne Austin, da Universidade de Missouri-St. Louis. Ela, junto com seus colegas, examinou as múmias em 2016 e 2019. A pesquisa foi realizada enquanto Austin trabalhava com o Instituto Francês de Arqueologia Oriental, no Cairo, e ela apresentou as novas descobertas agora, na reunião anual das Escolas Americanas de Pesquisa Oriental.

No total, sete indivíduos mumificados em um local chamado Deir el-Medina foram estudados pela arqueóloga. Deir El-Medina foi uma antiga vila que abrigava artesãos responsáveis pela construção e decoração das tumbas reais que iam para o famoso Vale dos Reis. Ao contrário de muitas outras civilizações da época, Deir El-Medina era uma comunidade planejada com o objetivo de abrigar esses trabalhadores.

Embora as identidades das múmias tatuadas sejam desconhecidas, o interessante é que todas eram mulheres. As descobertas desafiam uma antiga teoria de que as raras tatuagens em mulheres denotavam fertilidade ou sexualidade no Egito antigo. As marcas de Deir el-Medina, no entanto, parecem estar mais intimamente associadas aos papéis das mulheres como curadoras ou sacerdotisas, disse Austin.

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Nas descobertas reveladas em 2017, a equipe de pesquisadores havia encontrado imagens mais figurativas, como símbolos religiosos, imagens florais e de animais importantes, como as vacas da deusa Hathor. As tatuagens reveladas este ano, porém, são figuras mais abstratas e ainda não identificadas. “É altamente provável que, com mais evidências, encontremos padrões mais claros da localização e simbolismo dessas tatuagens, mas isso terá que esperar que realizemos mais estudos”, afirmou a autora.

Até agora, as tatuagens figurativas mais antigas do mundo foram encontradas em Ötzi, o Homem do Gelo, uma múmia neolítica de aproximadamente 5.300 anos de idade que foi descoberta na Itália em 1991.

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