Poucas vezes se emporcalhou tanto o meio ambiente como no início de 1989: 33 000 toneladas de petróleo contaminaram 2 000 quilômetros da costa do Alasca por causa de um vazamento do superpetroleiro Exxon Valdez. Por sorte, os próprios micróbios do lugar limparam a sujeira, numa grande vitória biológica. Há muitas bactérias e fungos limpadores, que se alimentam de hidrocarbonetos, como o petróleo. Os cientistas sabem disso há décadas, mas não conseguiam pôr os micróbios para trabalhar. Agora descobriram que é simples: basta borrifar o solo com fertilizantes que estimulam a proliferação dos germes. No Alasca, foram utilizadas 55 000 toneladas de fertilizantes. “Ao fim de duas semanas, quase todo o petróleo havia sumido”, declara o biólogo americano Ronald Atlas, chefe do programa de limpeza. Ele mesmo propusera esse tipo de solução há vinte anos. Comemorou os bons resultados como uma vitória pessoal.