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O futuro – como ele será: petróleo

Maurício Horta PETRÓLEO – 1993/junho/ed. 69 Um xeique sonhava com o seu Rolls-Royce puxado por dois camelos enquanto via a bomba de gasolina secar. Na melhor das hipóteses, segundo a SUPER de junho de 1993, as reservas mundiais de petróleo durariam 70 anos. E o argumento era sensato – o suprimento de petróleo se formou […]

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Atualizado em 31 out 2016, 18h54 - Publicado em 1 out 2012, 22h00
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  • Maurício Horta

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    PETRÓLEO – 1993/junho/ed. 69

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    Um xeique sonhava com o seu Rolls-Royce puxado por dois camelos enquanto via a bomba de gasolina secar. Na melhor das hipóteses, segundo a SUPER de junho de 1993, as reservas mundiais de petróleo durariam 70 anos. E o argumento era sensato – o suprimento de petróleo se formou em milênios, eras, éons, mas era consumido em séculos, década, anos. A conta era a seguinte: até 1990, haviam sido consumidos 650 bilhões de barris; restavam outros 950 bilhões descobertos. A produção acabaria atingindo um pico. Depois disso, só haveria queda.

    Mas a realidade se mostrou diferente. As reservas provadas subiram para 1 653 bilhões de barris, em 2011, segundo a British Petrol. Hoje também se consegue fazer mais com menos energia (é só comparar o consumo do seu carro com o do primeiro carro do seu pai). E, por fim, nunca se investiu tanto em fontes alternativas de energia. E por que o cenário melhorou? Exatamente porque o petróleo vai acabar.

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    As fontes tradicionais de petróleo como os gigantescos campos no Oriente Médio devem parar de crescer em 2030, segundo a Agência Internacional de Energia. Isso numa época em que o consumo de petróleo terá aumentado 50%. A consequência natural é que o preço do petróleo aumente. E isso é bom para a exploração em reservas antigamente consideradas inviáveis.

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    Em 1993, o barril custava o equivalente a 27 dólares de hoje. Passados 20 anos, seu valor é 4 vezes maior – próximo ao preço de 1980, em plena crise do petróleo. Com uma etiqueta desse valor, já passou a valer a pena investir em tecnologia e infraestrutura para explorar reservas difíceis de alcançar, como os 70 bilhões a 100 bilhões de barris do pré-sal brasileiro, os mais de 100 bilhões de barris de petróleo extrapesado venezuelano, os 175 bilhões de barris nas areias de alcatrão canadense e os 90 bilhões de barris do Ártico. O resultado é que, em vez de um pico seguido por queda, deverá haver um teto ondulante, mantido pela exploração de reservas cada vez mais difíceis, mas viáveis por conta dos altos preços do petróleo.

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    E mais. Nas duas últimas décadas a matriz energética do mundo ganhou um gás. Literalmente. A oferta de gás natural aumentou tremendamente nos EUA, China, Austrália, Moçambique, Qatar e Tanzânia – 45% dela em reservas não convencionais, como o gás de xisto, que nos EUA subiram de 2% na década passada para 37% do total produzido. Lá, as reservas são suficientes para dois séculos.

    O problema mais sério é que as fontes não convencionais de hidrocarbonetos são ainda mais poluentes. Para cada parte de petróleo tirado da areia de alcatrão canadense, por exemplo, são usadas outras 4 partes de água doce. Além de energia para derreter a coisa. E o fato de continuarmos a depender de hidrocarbonetos (e conseguir extraí-los) agrava o verdadeiro problema que encontraremos no futuro: a mudança climática.

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    Reservas existentes
    Como seria – Pela metade do século 21, acabariam as reservas mundiais de petróleo: 950 bilhões de barris.

    Como é – As reservas aumentaram para 1 653 bilhões de barris, com as reservas não convencionais.

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    Como será – O gás será o novo petróleo. É usado como combustível, matéria-prima de plástico. E não vai acabar cedo.

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