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O melhor jeito de acariciar seu gato, segundo a ciência

Cientista explica por que os felinos costumam ser mais arredios que os caninos — e ensina os donos a acertar na hora do carinho.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 26 jul 2019, 17h25 - Publicado em 23 jul 2019, 21h03

Gatos, às vezes, são uma incógnita para nós, humanos. Quem nunca passou pela situação de estar brincando e acariciando o bichano na maior tranquilidade e, de repente, ele parece não querer mais papo? Uma pesquisadora explica que, muitas vezes, isso acontece por não estarmos fazendo carinho do jeito certo.

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Em artigo publicado no site The Conversation, a cientista Lauren Finka, da Universidade Nottingham Trent, traça um interessante histórico do gato doméstico e de sua parceria com os humanos.

Acontece que, de 4 mil anos para cá, muita coisa mudou nessa relação. Os gatos passaram de meros instrumentos para controlar infestações a grandes amigos. E, falando em termos de evolução e seleção natural, isso é pouco tempo para que uma espécie se adapte às necessidades de outra — ainda mais quando elas são tão complexas como as humanas.

Os cachorros, por exemplo, tiveram muitos milênios a mais de convívio conosco. Ao contrário de lobos e cães, pouco mudou no DNA do gato doméstico e do gato selvagem da África, seu ancestral mais próximo.

Em muitos aspectos, seu gatinho ainda pensa como um gato selvagem. Eles são animais solitários e reservados, que evitam ao máximo interações muito “íntimas”. Nós, é claro, somos sociais até demais. Quanto mais toque e proximidade nas demonstrações humanas de afeto, melhor. Também não resistimos a animais que se pareçam com nossos bebês, com olhos grandes, nariz pequeno e carinha redonda. Vem daí aquele nosso impulso de querer esmagar os gatinhos de tanta fofura. Para eles, isso costuma ser um pouco demais.

É claro que muitos de nossos amigos felinos gostam das carícias e não trocam nossa companhia por qualquer comida que aparecer na frente. Mas um número grande deles apenas tolera o chamego com segundas intenções — no caso, a casa e comida. Enquanto outros, como sabemos, sequer escondem a aversão pelo contato humano e respondem agressivamente.

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Lauren Finka explica que, para que os gatinhos sejam mais amigáveis, é essencial acostumá-los ao convívio e aos afagos no período em que são filhotinhos sensíveis: entre duas e sete semanas de vida.

A chave para um bom relacionamento, segundo a pesquisadora, é deixar que os bichanos estejam no controle e tomem a iniciativa. É difícil conter o ímpeto de acariciá-los, mas pesquisas apontam que o esforço compensa. Interações entre gatos e humanos duram mais quando são eles que as iniciam. Também é imprescindível prestar atenção na postura e comportamento do animal.

Não é uma regra, mas a maioria dos felinos gostam de receber carinho abaixo das orelhas, onde ficam suas glândulas faciais, embaixo do queixo e ao redor das bochechas. Mexer na barriga, costas e a base do rabo costuma causar incômodo. No geral, é importante respeitar o espaço e os limites dos gatos — e do bichinho selvagem que há dentro deles.

Confira abaixo alguns sinais que devem ser observados.

 

Sinais de que o bichano está aproveitando:

• Ele está com o rabo levantado e é o responsável por iniciar o contato.

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• Ronronando e afofando você com as patinhas da frente.

• Movimentando delicadamente seu rabo de um lado para o outro, enquanto o mantém de pé.

• Postura e expressão facial relaxadas, orelhas esticadas e apontando para frente.

• Dão uma cutucada para chamar sua atenção se você para de acariciá-los.

Sinais de que o bicho não está gostando ou está irritado:

• Movimentando a cabeça ou a desviando para longe de você.

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• Se manter passivo (nada de ronronadas e afofadas)

• Piscando muito, mexendo muito a cabeça e corpo ou lambendo demais o nariz.

• Lambendo as partes íntimas de forma rápida e em movimentos curtos.

• Pelos das costas eriçados.

• Tremendo, se debatendo ou batendo o rabo.

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• Orelhas achatadas para os lados ou rotacionando para trás.

• Um giro repentino com a cabeça para encarar ou desviar da sua mão.

• Mordendo ou tentando afastar sua mão com a pata.

 

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