Plantas carnívoras têm um tipo de memória
Folhas percebem a presa e se fecham na hora certa. Entenda como isso acontece.
Como plantas carnívoras sabem que capturaram algo comestível? Segundo a ciência, elas têm uma espécie de memória.
Se um inseto tocar os micropelos sensíveis da “boca” da planta apenas uma vez, a armadilha permanece imóvel. Mas se a presa, atraída pelo aroma da planta, bater ali de novo em 30 segundos, as folhas entendem que se trata de algo vivo – e se fecham, prendendo o bicho.
Agora, um estudo do Instituto Nacional de Biologia Básica, do Japão, descobriu como uma planta carnívora dioneia – ou apanha-moscas – consegue “se lembrar” de uma presa.
Trata-se de um mecanismo químico: a quantidade de cálcio nas células da folha aumenta, sinalizando quando a arapuca deve se fechar. Isso se revelou após os cientistas inserirem um gene na planta que fazia suas folhas brilharem em verde fluorescente na presença de cálcio.
Fechada a casinha, tem início a digestão: enzimas são liberadas e o inseto é dissolvido lentamente – um processo que pode levar até 12 dias.