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Por que os gatos arranham móveis? Entenda o comportamento para salvar seu sofá

Uma pesquisa com 1.211 gatos identificou os principais motivos por trás da ação – e o que fazer para impedi-la.

Por Bela Lobato
Atualizado em 8 jul 2024, 10h46 - Publicado em 3 jul 2024, 19h00
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  • Gatos riscam móveis, riscam no canto do sofá.
     (bombermoon/Getty Images/Reprodução)

    Os donos de gatos conhecem o drama de chegar em casa e descobrir um sofá ou canto de móvel destroçado pelas garrinhas felinas. Um estudo publicado hoje (3) na revista Frontiers in Veterinary Science identificou as razões e gatilhos que motivaram 1.211 gatos franceses a danificarem a mobília de casa. Os resultados podem ajudar os tutores a compreenderem melhor o problema e realizarem intervenções mais efetivas e amigáveis.

    O estudo levanta vários fatores que influenciam o comportamento de arranhar. Os dados mostram que o “índice de arranhadura” é o mesmo entre gatos de diferentes traços, sexos, pesos e castrados ou não. Ou seja: não importa como seja seu gato, ele vai arranhar.

     “Observamos uma ligação clara entre determinados fatores ambientais e comportamentais e o aumento do comportamento de arranhar nos gatos”, explicou Yasemin Salgirli Demirbas, pesquisadora veterinária da Universidade de Ankara e coautora do estudo. 

    “Especificamente, a presença de crianças em casa, bem como altos níveis de brincadeiras e atividades noturnas contribuem significativamente para o aumento do comportamento de arranhar. Os gatos descritos como agressivos ou desordeiros também apresentaram níveis mais altos de arranhadura.”, diz Demirbas.

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    Segundo os pesquisadores, o estresse foi considerado um dos principais motivos para arranhões indesejados. A presença de crianças, especialmente pequenas, pode estressar os bichinhos – que descontam no seu sofá. Os autores destacam que a ligação entre o aumento de arranhões e a presença de crianças em casa, no entanto, não é totalmente compreendida e é necessário um estudo mais aprofundado sobre o tema.

    Os autores não recomendam que você se livre de seus filhos ou de seus gatos para salvar seus móveis, mas há intervenções que podem ser feitas para atenuar o comportamento.

    Outros fatores que podem estar ligados ao estresse são a brincadeira e as atividades noturnas. Embora a brincadeira em si não seja de todo ruim, longas sessões de brincadeiras podem aumentar os níveis de estresse dos gatos devido à estimulação constante, fazendo com que eles descarreguem no braço do sofá ou no pé de um móvel. 

    Uma das sugestões para evitar arranhões indesejados é justamente brincar com o bichano, mas em sessões curtas e frequentes, especialmente que imitem cenários de caça bem-sucedidos. “Fornecer esconderijos seguros, pontos de observação no alto e amplas oportunidades de brincadeiras também pode ajudar a aliviar o estresse e envolver o gato em atividades mais construtivas”, disse Salgirli Demirbas. 

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    Já os comportamentos noturnos como brincadeiras e vocalizações intensas, geralmente decorrem de estimulação ou interação inadequadas durante o dia, e também podem ser uma forma de buscar atenção. Embora sejam animais naturalmente noturnos, os gatos conseguem se ajustar a uma programação diurna humana se tiverem atividades estruturadas e envolventes durante o dia. Esse ajuste também pode reduzir o estresse e ajudar a preservar sua mobília.

    Outras alternativas são colocar postes para arranhar em áreas por onde o gato circula mais ou onde prefere descansar. “Compreender as motivações emocionais por trás do comportamento de arranhar permite que os cuidadores abordem essas questões diretamente”, disse Salgirli Demirbas. 

    Embora esse seja um comportamento instintivo dos gatos, muitas vezes ele causa transtornos e leva os tutores a tomarem decisões drásticas, como remover cirurgicamente as garras dos felinos. A prática, chamada onicectomia, consiste em cortar com um bisturi ou laser os ossos a partir dos quais as garras crescem. As autoridades veterinárias e associações protetoras de animais são contra o procedimento, que é invasivo, doloroso e pode deixar sequelas permanentes.

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