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Projeto de Educação Ambiental, um Trabalho coletivo

Problemas ambientais raramente ficam restritos às divisas entre os municípios. Por isso, uma boa estratégia para combatê-los é juntando várias cidades numa luta comum

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h37 - Publicado em 31 Maio 2002, 22h00

Leandro Narloch, de São Bento do Sul, SC

Marliza Schroeder encheu sua Brasília 75 com caixas de papelão e sacos de ração usados e foi para a área urbana de São Bento do Sul, no Planalto Norte de Santa Catarina. O lixo valeu 12 reais numa das cinco usinas de reciclagem da cidade. “Antes, queimávamos pilhas e pilhas de papelão e sacos, agora elas valem dinheiro”, diz a pecuarista.

A atitude de Marliza é uma das tantas incentivadas pelo Consórcio Ambiental Quiriri (CAQ), que, há cinco anos, une os municípios catarinenses de São Bento do Sul, Rio Negrinho, Campo Alegre e Corupá em torno da proteção ambiental na bacia hidrográfica do rio Negro, divisa natural com o Paraná.

Por trás da idéia do consórcio está uma constatação que soa óbvia. “Os problemas ambientais são comuns a vários municípios, por isso só podem ser resolvidos em conjunto”, afirma o engenheiro agrônomo Magno Bollmann, idealizador e coordenador do CAQ. “De nada adiantaria um município que está a jusante investir no cuidado com a água se o a montante não fizer nada. Respeitamos as divisas dos rios e não as político-administrativas.” Uma vantagem disso é que o projeto se mantém, independente de quem ganha a eleição. A idéia foi tão bem-sucedida que o formato está sendo copiado por nove regiões de Santa Catarina.

O projeto contempla quatros frentes de batalha: reciclagem de lixo, implantação de Áreas de Proteção Ambiental (APAs), o Projeto Educação Ambiental e o Programa de Turismo. Entre as quatro, a questão do lixo é a que mais teve resultados. O índice de aproveitamento do lixo seco e reciclável é de mais de 50% nos quatro municípios, um número altíssimo para o Brasil, onde a grande maioria das cidades reutiliza menos de 1% do total.

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O programa de incentivo ao turismo rural criou um selo de qualidade para valorizar produtos artesanais feitos pelos pequenos agricultores. Mas ele ainda dá os primeiros passos: há um único produtor cadastrado, Francisco Koehler, que enfrenta dificuldades para vender as (deliciosas) geléias de kiwi, pêra, caqui e ameixa.

Mais resultados teve o programa de implantação das APAs. Só em 1998, foram criadas cinco, que, juntas, cobrem uma área de 55 000 hectares, cerca de 25% da área dos municípios. As APAs são um instrumento importante para o norte catarinense, porque evitam que ainda mais terras se transformem em reflorestamentos para as mais de 200 indústrias moveleiras da região.

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Os finalistas

O Programa de Coleta seletiva de Lixo da cidade paulista de Barueri também disputou a categoria Solo. O projeto começou em 2001 e deverá dar resultados mais concretos ao longo deste ano. Um projeto muito interessante é o Programa Hortas Comunitárias, mantido pelo Centro de Controle de Zoonoses de Campos de Goitacazes, no Rio. A proposta é reabilitar lixões e, após um cuidadoso monitoramento da qualidade da água, transformá-los em hortas comunitárias de agricultura orgânica, gerando renda e comida saudável.

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