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Qual o fenômeno por trás das ondas gigantes de Nazaré?

As ondas da vilinha portuguesa atraem surfistas todo inverno. Entenda como elas ficam tão grandes.

Por Manuela Mourão
17 Maio 2025, 10h00

Em 2024, o surfista Sebastian Steudtner entrou para a história ao pegar carona na maior onda já surfada no mundo. A gigante media 28,57 metros e foi surfada na vilinha de Nazaré, em Portugal. É como surfar um prédio de sete andares. O recorde anterior é de 2020, do mesmo surfista e do mesmo local, com uma onda de 26 metros. 

A vila portuguesa de 10.300 habitantes é famosa no mundo do surf. Pegar uma onda em Nazaré é um dos maiores e mais assustadores desafios do esporte. Não é para qualquer um: as ondas chegam facilmente aos 20 metros de altura, e a queda delas pode resultar em minutos submerso antes de que um salva-vidas encontre o surfista.

Por que as ondas são tão grandes?

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A orla de Nazaré está localizada em um local peculiar. Perto da costa e sob as águas se localiza o maior cânion submarino da Europa. São apenas 500 m da areia da praia até o início do desfiladeiro.

O Canhão de Nazaré é uma fratura tectônica que se estende desde o mar profundo do Atlântico até a beira da costa. O cânion tem uma extensão de cerca de 211 km, com profundidades que variam de 50 m até 5000 metros (em comparação com o Grand Canyon, nos EUA, o abismo submarino deixa o americano no chinelo). 

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Imagem do Cânion da Nazaré é um dos cânions subaquáticos mais profundos do mundo.
(MaxSea/Reprodução)

Esse vale submarino funciona como um túnel de vento, só que para a água. As ondas geradas por tempestades em alto-mar viajam por essa “estrada” em altíssima velocidade e chegam à costa com força total, sem perder energia.

Quando essas ondas encontram a parte rasa do fundo do mar – como a das regiões costeiras – elas começam a desacelerar e a ganhar altura. Mas o detalhe está na forma abrupta com que o cânion termina: ele faz com que ondas vindas de profundidades, direções e velocidades diferentes se encontrem e se somem em um fenômeno conhecido como interferência construtiva. Resultado? As ondas se somam e uma elevação comum pode dobrar ou até triplicar de tamanho.

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Além da geografia submarina, outros fatores colaboram para esse espetáculo. Um deles é a orientação da costa de Nazaré, voltada diretamente para o noroeste, de onde costumam vir as maiores tempestades do Atlântico Norte. Outro é a ausência de barreiras naturais, como ilhas e recifes, que poderiam quebrar as ondas antes de elas chegarem à costa.

E por fim, existe a sorte da meteorologia: as maiores ondas costumam aparecer no inverno, entre outubro e março, quando tempestades se formam no meio do Atlântico e enviam energia diretamente para Portugal – uma espécie de “corredor de ondas” em direção ao cânion.

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