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Reprodução: O segredo é a mistura

A relação sexual? Isso é  só um detalhe. O importante é trocar moléculas de DNA.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 14 set 1999, 22h00

Maria Fernanda Vomero

Sexo não é só o que você está pensando. Para a Biologia, esse é o assunto mais natural do mundo. Sexo acontece sempre que dois indivíduos de uma determinada espécie trocam informações genéticas entre si, formando um novo ser. A maioria dos animais, plantas, protozoários e até as bactérias fazem sexo, por mais estranho que isso possa parecer. Não precisa nem contato físico. As águas-vivas, por exemplo, lançam suas células sexuais na água e lá o embrião começa a se desenvolver. Os gametas masculinos das plantas, embutidos nos grãos de pólen, podem viajar quilômetros no vento antes de encontrar uma flor e fecundá-la.

A palavra-chave para entender a reprodução sexuada é recombinação. Nela, o pai e a mãe da nova criatura devem, obrigatoriamente, misturar o seu DNA – ácido desoxirribonucléico, a molécula que armazena todas as informações necessárias para a construção de um ser vivo. É um processo complicado e cheio de riscos. Basta lembrar que o conjunto do DNA humano, o genoma, tem mais de 100 000 genes. Durante a recombinação, esses genes são embaralhados como cartas e, na bagunça, podem sofrer alterações – as mutações. Algumas delas são tão ruins que matam o embrião. Outras, ao contrário, criam seres com maiores chances de sobreviver a mudanças no ambiente do que os pais. “O sexo possibilita o surgimento de tipos únicos, sem similar no passado nem no futuro e muito menos no presente”, diz o geneticista Crodowaldo Pavan, da Universidade de São Paulo.

Quem sabe é super

Bactérias como a E. coli, encontradas normalmente no aparelho digestivo dos seres humanos, podem produzir 76 sextilhões de clones a cada 24 horas.

Pecado original

A mistura de genes começou com as bactérias, há 3 bilhões de anos.

As bactérias são seres unicelulares com apenas um cromossomo, ou seja, uma fita de DNA. Mas algumas delas têm uma segunda carga de ácido nucléico, conhecida como plasmídio.

Quando o micróbio enfrenta alguma ameaça do ambiente, o plasmídio se duplica.

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Em seguida, ele é transferido através de um tubo chamado pile a uma outra bactéria.

Esse material genético novo pode ficar solto no citoplasma do micróbio receptor ou incorporar-se ao seu DNA.

Nos dois casos, a bactéria receptora transforma-se em um terceiro indivíduo, com uma carga genética diferente da dos “pais”. Para os cientistas, esse é o tipo mais primitivo de reprodução sexual.

Vale tudo

Como alguns seres vivos fazem sexo.

Sem contato

Entre os peixes, o encontro de óvulo e espermatozóide acontece fora do corpo, sem nenhum beijnho antes. O macho e a fêmea lançam suas células sexuais na água, onde os ovos se desenvolvem.

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Dois em um

As minhocas são hermafroditas, ou seja, macho e fêmea ao mesmo tempo. Só que os órgãos sexuais masculinos e femininos nunca amadurecem ao mesmo tempo. Por isso, o indivíduo não pode se autofecundar. Precisa procurar um parceiro – ou parceira, dependendo da época.

Entrega rápida

As plantas fazem sexo pelo sistema de delivery. Como nas entregas de pizzas, os grãos de pólen – que contêm as células masculinas – são transportados pelo vento ou por insetos como a abelha até outra flor, onde irão fertilizar o óvulo.

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