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Rua da sede da Nasa é renomeada em homenagem às “Estrelas Além do Tempo”

Mudança de nome faz referência às matemáticas negras que dedicaram suas vidas (e cérebros) ao programa espacial dos EUA – e viraram filme no final.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 13 jun 2019, 19h03 - Publicado em 13 jun 2019, 18h45

Elas passaram décadas praticamente esquecidas, relegadas a uma posição que em nada condizia com a importância do trabalho que conduziam ou com suas histórias de vida inspiradoras. Eram figuras escondidas. Mas, depois do sucesso estrondoso do livro e do filme Hidden Figures (Estrelas Além do Tempo), de 2016, suas histórias finalmente foram contadas ao mundo. E, agora, até o endereço da Nasa presta homenagem a elas.

Durante uma cerimônia realizada nesta quarta (12) em frente à sede da agência espacial americana em Washington, autoridades mudaram o nome da rua para Hidden Figures Way. O gesto honra a memória de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan, Mary Jackson e tantas outras mulheres negras, exímias matemáticas, cujos cálculos feitos à mão foram essenciais para o sucesso do programa espacial dos EUA.

“Só quero dizer que essas foram as três figuras escondidas em um livro muito proeminente, que virou um filme magnífico, que começou um movimento que trouxe todos nós aqui hoje”, disse no evento Jim Bridenstine, administrador da Nasa. “E aqui estamos, 50 anos depois do pouso da Apollo 11, celebrando aquelas figuras que, na época, não eram celebradas”, disse a uma grande multidão, com membros das famílias Johnson, Vaughan e Jackson.

Também estavam presentes a autora do livro, Margot Lee Shetterly, e políticos responsáveis pela criação e aprovação da lei bipartidária para mudar o nome da rua. Um deles foi o senador republicano Ted Cruz, que sintetizou muito bem a importância simbólica daquele ato. “Uma placa de rua é um pedaço de metal, que toma vento, sol, chuva e neve, mas uma placa de rua é muito mais do que isso”, ele disse.

“Porque por anos, e então décadas, e então séculos, quando garotinhas e garotinhos vierem ver a Nasa, vão olhar para cima, ver aquela placa e perguntar qual é seu significado, e isso vai levar a uma história – uma história sobre o potencial humano ilimitado de todos nós”, finaliza Cruz. em um país como os EUA que, assim como o Brasil, ainda luta para lidar com o racismo e superá-lo, atitudes como essa são ainda mais importantes.

Shetterly também ressaltou a grandeza das matemáticas negras que atuavam como computadores humanos no Centro de Pesquisa Langley da Nasa, no estado da Virgínia. “Nomear esta rua como Hidden Figures Way serve para nos lembrar, e a todos que vierem aqui, do padrão que foi definido por essas mulheres, seus compromissos pela ciência e suas personificações dos valores de igualdade, justiça e humanidade”, disse a escritora.

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