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Segunda superlua do ano ilumina o céu nesta semana; veja quando e entenda o fenômeno

O astro aparecerá maior e mais brilhante no horizonte. Confira os horários e locais ideais para observação e entenda o que torna a superlua especial.

Por Luiza Lopes
3 nov 2025, 16h00

Na noite desta quarta-feira (5), o céu de todo o Brasil promete um espetáculo visível a olho nu: a segunda superlua de 2025. O fenômeno ocorre logo após o pôr do sol, quando a Lua cheia surge no horizonte, maior e mais brilhante do que o habitual.

Em São Paulo, o nascimento da Lua está previsto para cerca de 18h45; em Belém, às 18h14; e no Recife, às 17h28. Não é necessário telescópio ou binóculo. Basta olhar para o leste, onde o astro se destacará sobre árvores, prédios e montanhas.

A impressão de proximidade é reforçada pela chamada “ilusão lunar”, um efeito perceptivo em que o cérebro interpreta a Lua como maior quando há objetos terrestres de referência próximos. O fenômeno chama atenção de observadores, fotógrafos e curiosos de todas as idades.

A superlua de novembro é a penúltima do ano. A primeira ocorreu em 6 de outubro, e a última será em 4 de dezembro. Juntas, formam uma sequência trimestral de eventos consecutivos, algo incomum.

Segundo o Observatório Nacional, a coincidência acontece porque, neste ano, as fases de Lua cheia se alinharam com o momento em que o satélite está mais próximo da Terra. O fenômeno continuará em 3 de janeiro de 2026, formando tecnicamente quatro superluas consecutivas.

Essa sequência oferece oportunidade para estudos astronômicos, fotografias comparativas e observação pública. Ao longo da história, registros de superluas despertaram curiosidade, seja para medições científicas, criações artísticas ou tradições culturais.

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O que é uma superlua?

A Lua completa uma volta ao redor da Terra a cada 27,3 dias, seguindo uma órbita elíptica, ou seja, levemente alongada. Por causa dessa trajetória, a distância entre a Lua e nosso planeta varia ao longo do mês.

No ponto mais próximo, chamado perigeu, o satélite está a cerca de 356 mil quilômetros da Terra; no ponto mais distante, o apogeu, chega a aproximadamente 406 mil quilômetros. Essa variação faz com que o tamanho aparente do disco lunar no céu mude levemente.

Quando a Lua cheia coincide com o perigeu, temos o fenômeno conhecido como superlua. O termo não é oficial da astronomia e foi criado em 1979 pelo astrólogo norte-americano Richard Nolle para descrever uma Lua cheia ou nova próxima à Terra. Na linguagem científica, a superlua é chamada de “Lua cheia perigeana”.

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Durante essa fase, o astro pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que durante uma Lua cheia na posição mais distante, conhecida como microlua. Comparado a uma Lua cheia comum, a diferença é menor, mas ainda perceptível: cerca de 7% maior e 15% mais luminosa. A olho nu, a alteração é sutil, mas fotos lado a lado evidenciam o efeito.

O fenômeno não representa qualquer risco para a Terra. O único efeito mensurável é um leve aumento das marés, de poucos centímetros acima do normal, devido à maior força gravitacional exercida pelo satélite.

A proximidade real da Lua faz com que ela reflita mais luz solar, resultando em brilho intenso. Em locais com pouca poluição luminosa, é possível perceber até sombras suaves no solo, reforçando a sensação de imponência.

A superlua também oferece oportunidade para observações detalhadas da superfície lunar. Com binóculos ou telescópios domésticos, crateras, “mares” de lava solidificada e cadeias de montanhas tornam-se visíveis. Nem toda Lua cheia, entretanto, atinge esse efeito.

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A cada órbita, a distância e o brilho do satélite variam por influência da gravidade do Sol e de outros planetas, e apenas quando a fase cheia coincide com o perigeu temos a Lua em sua forma mais próxima e luminosa.

Ao longo da história, luas cheias receberam nomes ligados a ciclos sazonais, atividades humanas e comportamento animal. A de outubro é chamada “Lua da Colheita”, associada às últimas semanas de trabalho no campo antes do anoitecer prolongado.

A de novembro, “Lua do Castor”, indica o período em que o animal constrói represas e se prepara para o inverno. Já a de dezembro, “Lua Fria”, marca a chegada das noites longas e do inverno rigoroso.

Esses nomes surgiram em tradições europeias e indígenas e ajudavam a organizar atividades agrícolas, caças e observação de animais. Hoje, eles oferecem contexto cultural ao fenômeno e ajudam a relacionar a astronomia com a vida cotidiana.

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Especialistas recomendam observar o fenômeno logo após o pôr do sol, de locais amplos como praias, praças e mirantes. Para fotografias, enquadrar a Lua junto a elementos da paisagem, como árvores ou prédios, reforça a percepção de tamanho.

Câmeras com lente teleobjetiva ou smartphones em modo noturno capturam imagens impressionantes. Pequenos detalhes da superfície lunar podem ser percebidos com binóculos ou telescópios domésticos. O momento ideal para fotos é próximo ao horizonte, quando o efeito da ilusão lunar é mais intenso.

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