As baratas, um dos Super Trunfos da natureza, deram mais um passo evolutivo e o motivo talvez seja: só para nos irritar. Bom, e sobreviver, é claro. Mas eu ainda acho que o objetivo principal é rir da nossa cara.
Grupos de baratas europeias se adaptaram às armadilhas que a população costuma colocar para matar as coitadas (basicamente: comida doce envenenada).
Ao perceber uma queda na eficiência desses venenos, pesquisadores passaram a estudar a relação do inseto com a armadilha. O resultado foi meio óbvio, porém intrigante: a arapuca não funcionava porque as baratas simplesmente não comiam mais os doces.
Ué, como assim? Como uma barata ignoraria um pedaço de comida cheio de glicose?
Põe na conta da evolução: as baratas passaram por uma mutação que rearranjou a percepção de gosto das malandras. Elas passaram a sentir o excesso de glicose como um gosto amargo e perderam o interesse nesse tipo de comida. Ou seja: sambaram na cara do Homo sapiens.
Num teste em laboratório, cientistas ofereceram pasta de amendoim e geleia para as baratas – a geleia tem muito mais glicose que a pasta. Famintas, elas foram até a geleia, experimentaram e logo correram para a pasta de amendoim, onde se deliciaram. Mini-sensores eletrônicos foram ligados nas células responsáveis pelo paladar e bingo! —> quando provaram a geleia cheia de glicose, as células que reconhecem o doce se ativaram, mas as do amargo também ligaram e com uma intensidade bem maior, anulando a doçura.
A gente pode até achar barata uma coisa nojenta, mas elas são muito f****!
Fonte: BBC News