Um mamífero pequeno provocou a paralisação de um dos equipamentos científicos mais poderosos do mundo. Após apresentar falhas na noite de sexta-feira (29), o Grande Colisor de Hádrons, acelerador de partículas criado pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, em inglês), precisou ser desligado. Ao averiguar o que teria causado o problema, cientistas encontraram o corpo carbonizado de um animal próximo a um cabo de força mastigado.
“Nós tivemos um falha na energia e temos certeza que foi causado por um pequeno mamífero”, afirma Arnaud Marsollier, chefe de comunicação do CERN. Apesar do cadáver do animal não ter sido analisado, Marsollier acredita que ele seja de uma fuinha, roedor que habita boa parte dos países do hemisfério norte do planeta.
A pane causada pela fatídica fuinha veio no meio de uma busca por novas informações sobre o bóson de Higgs, partícula cujo campo, em teoria, é responsável por dar massa às outras partículas, esse bóson possui tamanha importância que pode ser considerado como base para o estudo moderno da física das partículas. A tal “Partícula de Deus” foi descoberta pelo mesmo CERN em 2012.
Os dados que já foram coletados, porém, indicam a possibilidade de novas partículas jamais antes vistas serem geradas dentro do LHC. Se essas outras partículas existirem, elas possuem a capacidade de revolucionar a pesquisa científica e mudar o que sabemos sobre diversos campos de estudo.
Por estar localizado nos arredores de Genebra, o acelerador de partículas já viu outros bichos atacarem seus interiores. Em 2009, uma pomba derrubou uma baguete no meio dos sistemas elétricos responsáveis por alimentar os geradores do supercondutor.
Com NPR