O inglês James Gilpin é designer e pesquisador que trabalha em formas de implementar inovações biomédicas no cotidiano das pessoas, fazendo com que problemas se tornem soluções criativas. A nova inciativa de Gilpin é transformar urina de pacientes diabéticos em um uísque de alto nível, destinado à exportação.
A inspiração veio de sua própria história de vida, já que Gilpin é portador de diabetes tipo 1, onde o seu corpo não produz insulina o suficiente para controlar os níveis de açúcar e de uma lenda que diz que uma empresa farmacêutica teria instalado uma fábrica ao lado de uma casa de repouso e implementado um sistema de troca: os moradores davam a urina e recebiam brinquedos e almofadas. O xixi seria processado para remover os componentes químicos, que poderiam ser jogados diretamente nos novos medicamentos.
A matéria-prima é coletada de voluntários idosos, incluindo a avó de Gilpin. A urina, então, é purificada da mesma maneira que a água, com as moléculas de açúcar sendo removidas e adicionadas à mistura de grãos, acelerando o processo de fermentação. Depois de ser fermentada, a bebida alcoólica recebe aditivos para ganhar cor, sabor e viscosidade, o produto, então, é embalado com o nome e a idade do doador.
Como é de se esperar, a bebida não terá uma divulgação tradicional. “É quase uma obra de arte”, afirmou Gilpin. O artista não acha possível que os sistemas municipais de purificação de água sejam usados para colher recursos biológicos produzidos pelos idosos. Quem quiser provar o uísque terá de ir até o Abandon Normal Devices, festival de artes que acontece em Manchester, durante o mês de outubro.
Com Wired