Como são feitas as cenas de filmes que se passam debaixo d’água?
Existem várias técnicas, algumas mais baratas, outras mais caras. Conheça.
Depende do filme – e do seu orçamento. Desde o início do século 20, uma técnica bastante difundida é a do “seco por molhado”. Fumaça (que simula o aspecto turvo da água), filtros coloridos e truques de iluminação ajudam a dar a ilusão de que o personagem está submerso. Além disso, ventiladores e o uso de câmera lenta fazem as roupas “flutuar”.
Essa técnica foi usada em A Forma da Água (2017), o filme vencedor do Oscar de Guillermo del Toro cujo orçamento (US$ 19,4 milhões) é considerado modesto para os padrões de Hollywood.
Também dá para realmente filmar debaixo d’água, com os atores e as câmeras submersas. Mas isso não é nada fácil. Câmeras especiais, proteção contra pressão e iluminação específica são necessárias, e encarecem o processo.
O exemplo clássico disso é Waterworld – O Segredo das Águas. O filme foi lançado em 1995 e considerado uma das produções mais caras da história do cinema até então, com orçamento de US$ 175 milhões. A distopia sobre o derretimento do gelo polar e a subsequente inundação do mundo excedeu todos os custos porque filmou tanto em um mar artificial gigante quanto em mares de verdade. Além dos problemas financeiros, a filmagem também foi perigosa: um dos dublês ficou horas perdido no meio do mar depois de ficar sem gasolina no jet ski.
Blockbusters como Aquaman (2018) fazem cenas aquáticas com CGI: alguns cabos deixam os atores suspensos, e o efeito da água é adicionado na pós-produção.
Já o filme Avatar: O Caminho da Água (2022) usou um meio termo: uniu CGI a cenas submersas, gravadas em um tanque de 3,4 milhões de litros – um milhão de litros a mais que uma piscina olímpica. Os atores precisaram treinar mergulho livre com profissionais da Marinha dos Estados Unidos, e isso tudo só foi possível porque o longa tinha um orçamento gigante, que ficou entre US$ 350 milhões e US$ 400 milhões.
Pergunta de Paulo Roberto Teixeira, de Porto Alegre (RS)
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