Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.
Continua após publicidade

É possível criar um vírus em laboratório?

Sim, e há várias formas de fazer isso: você pode editar o genoma do bichinho, simular a seleção natural ou até criá-lo do zero.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 jun 2024, 10h00

Sim. O caminho mais plausível é partir de um vírus preexistente e modificar seu genoma para que ele ganhe ou perca certas habilidades bioquímicas.

Um jeito high tech de fazer isso é reescrever trechos do genoma do vírus usando algo análogo ao comando “copiar e colar” para manipular sequências de letrinhas de DNA ou RNA.

A capacidade de editar essas moléculas como se fossem arquivos de Word é um avanço bem recente, permitido por uma técnica chamada CRISPR/Cas9 (essa técnica é só o exemplo mais recente, vale deixar claro. Existem outros métodos de edição de material genético).

Um jeito mais tradicional é usar seleção artificial – uma simulação do processo de seleção natural darwiniano.

Imagine, por exemplo, que você deseja modificar um vírus de modo que ele se torne capaz de infectar camundongos (algo útil para os pesquisadores, já que esses são cobaias modelo para experimentos de laboratório).

Continua após a publicidade

Vírus se reproduzem muito rápido e geram um número espetacular de cópias de si mesmos. Sempre existe uma chance de que uma dessas cópias venha com erros. A maior parte dos erros é deletéria e impede a reprodução desses serezinhos minúsculos. Mas, volta e meia, por acidente, um erro acaba saindo melhor que a encomenda.

Pensando nisso, os pesquisadores podem criar uma “fazenda” de vírus in vitro e cultivá-los até que um deles desenvolva a mutação desejada para o estudo – neste caso hipotético, a capacidade de fabricar uma proteína que o permita invadir células dos ratinhos.

Também é possível, embora muito mais caro e difícil, montar um vírus completamente do zero – algo que é parte de uma área de pesquisa conhecida como biologia sintética.

Continua após a publicidade

Em 2002, por exemplo, um grupo de pesquisadores americanos conseguiu montar vírions da poliomielite em condições inteiramente artificiais. É evidente que esse tipo de pesquisa pode ser deturpada por terroristas e forças armadas com resultados potencialmente desastrosos – motivo pelo qual há severas limitações éticas à criação de patógenos.

Pergunta de @marcosramos.fm, via Instagram. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.