Não aconteceria absolutamente nada. A massa de todas as pessoas do mundo, somadas, é 287 bilhões de quilogramas – isto é, 287 seguido de nove zeros. Já a massa do planeta Terra, em quilogramas, é 579 seguido de 22 zeros. Mesmo que você juntasse os 7,6 bilhões de cidadãos do mundo em um lugar só, o salto simultâneo deles seria proporcional ao de uma bactéria pulando em uma bola de boliche de 5 kg.

O mais marcante nesse evento seria a tragédia subsequente. Boa parte dessas pessoas acabaria morrendo de fome ou sede, porque não existe um lugar na Terra com infraestrutura para abrigar bilhões de pessoas, nem um conjunto de meios de transporte capaz de escoar toda a população do planeta em uma janela de apenas alguns dias.

Se cada cidadão pulasse em seu lugar, pior ainda: o salto de um japonês cancelaria o de um brasileiro, pois ambos, em última instância, estariam pulando em direções opostas, um contra o outro.

Outra maneira de enxergar nossa insignificância é usar abalos sísmicos de referência: o terremoto que atingiu o Japão em 2011 e registrou 8,9 na escala Richter acelerou a rotação da Terra – alterando a duração dos dias em 1,8 microssegundo. Em um experimento realizado em um festival de música pela emissora britânica BBC, 50 mil pessoas saltaram ao mesmo tempo. O resultado foi um terremoto de 0,6.

Para atingir um 8,0, seria necessário multiplicar a população atual da Terra por 7 milhões – isto é, adicionar seis zeros. Haja gente.

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