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Por que é tão difícil guardar um segredo?

Porque ele é um fardo: segredos são pedacinhos de informação incômodos que brotam no fluxo de consciência toda vez que você está sozinho e distraído.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 ago 2021, 09h40

Michael Slepian, pesquisador da Escola de Administração de Columbia, em Nova York, é o maior especialista do mundo em psicologia dos segredos e gerou um bocado de dados interessantes após décadas de pesquisa. Por exemplo: uma pessoa comum guarda em média 13 segredos, dos quais 5 são, de fato, segredos – nunca foram compartilhados com ninguém. 

A razão por trás da dificuldade em guardar segredos depende de uma variável bem básica: o segredo é seu – e sua revelação afetaria você – ou é de outra pessoa, e você é apenas um confidente?

Slepian descobriu, em seus estudos, que os segredos não são necessariamente incômodos porque você precisa se esforçar para escondê-los o tempo todo. Afinal, quando o segredo é realmente secreto, os terceiros que teriam interesse em sabê-lo sequer suspeitam da existência de um segredo. Ninguém passa o tempo todo sendo interrogado.

O problema é outro: você pensa neles quando está sozinho. O fardo de carregar um segredo é que ele reaparece no nosso fluxo de consciência toda vez que estamos distraídos lavando a louça ou tomando banho.

Em um experimento, Slepian entrevistou pessoas sobre seus segredos. Em uma determinada amostra haveria, por exemplo, homossexuais assumidos e homossexuais que ainda escondiam sua orientação da família ou de colegas de trabalho. Depois, ao pedir que essas pessoas realizassem tarefas básicas, como ajudá-lo a carregar caixas, percebeu que as pessoas perturbadas pelos segredos eram menos eficazes e se sentiam mais cansadas.

Além do esforço mental de levar uma vida dupla e a incapacidade de não pensar no que você esconde, pessoas que guardam segredos acabam com uma auto-estima mais baixa e têm uma percepção pior de si mesmas porque não se sentem autênticas: existe algo importante para elas, que faz parte de sua identidade, mas não pode vir à tona. Compartilhar é um alívio.

No caso dos segredos de outras pessoas, entra em jogo a sensação de poder. Saber algo que os outros não sabem põe você numa posição vantajosa na hora de navegar as relações sociais. Mas há algo ainda melhor do que ter poder: mostrar para os outros que você tem. Ao contar os segredos de alguém para uma terceira pessoa, você sacrifica a exclusividade. Por outro lado, inspira respeito (por ter acesso à informação privilegiada) e generosidade (por compartilhar o que sabe).

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