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Por que nomes como Andrea e Simone são masculinos em italiano?

E femininos em outras línguas?

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 fev 2019, 12h35

Os nomes terminados em “e” provavelmente se fixaram como masculinos porque a forma terminada em “a” já era considerada feminina – como acontece em diversas línguas europeias aparentadas. Não há nada de masculino ou feminino nas letras em si. 

“Parece apenas que foi se criando um hábito, pelo qual em italiano não é estranho que um nome masculino termine em ‘a'”, explica Elisabetta Santoro, professora de linguística e língua italiana da USP. ” Para os nomes que terminam em ‘e’ parece mais fácil: embora alguns tivessem em sua origem também a versão em ‘o’ (Daniello, por exemplo), a existência da versão em ‘a’ para o feminino deve ter permitido que se fixasse a terminação ‘e’ para o masculino.”

Diversos nomes em “a”, como Andrea, costumam ser de origem grega – embora isso não seja regra. No caso grego, o masculino normalmente terminava em “s” (como em Andreas), mas podia, graças a transformações fonéticas naturais, acabar ficando só com o “a”. 

Pergunta de Guilherme Eler, repórter da SUPER

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