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5 explicações sobre bizarrices do corpo humano

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 11 jul 2014, 17h57

Por Luíza Antunes

 

1. Por que se coçar causa alívio?

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A frase é até meio besta: coçar alivia a coceira! Mas por que exatamente passar a ponta dos dedos (ou unhas, nos casos mais extremos) dá essa sensação de alívio? Para começar, é preciso entender que uma coceira pode ser causada por vários fenômenos, desde uma alergia, um animal passando na sua pele, até problemas psicológicos ou neurológicos. Os cientistas descobriram há algumas décadas que o ato de se coçar é uma resposta automática do cérebro, controlada por uma série de neurônios específicos na medula espinhal – neurônios diferentes dos que controlam a dor, por exemplo. Com essa descoberta os médicos comprovaram que a coceira é, de fato, inseparável do desejo de se coçar – e por isso o alívio quando você realiza o ato.

Algumas pessoas, porém, têm doenças que as fazem coçar sem parar, sem motivo aparente, o que pode levar até à morte (uma mulher nos Estados Unidos já coçou tanto a cabeça durante a noite que chegou ao próprio cérebro). Novas pesquisas, feitas com macacos, mostraram que, com um estímulo para se coçar na perna (no caso, uma injeção de histamina), os tais neurônios espinhais ficaram excitados, mas foram acalmados com uma boa coçada em uma parte completamente aleatória do corpo. Ainda não se sabe a causa disso, mas é um avanço nas descobertas para pacientes que sofrem de coceira crônica.

 

2. Por que fazemos mais xixi quando está frio?

Sabe aquela a sensação de querer fazer mais xixi que o normal quando as temperaturas caem, ou até mesmo quando você pula numa piscina gelada? Pois saiba que esse fenômeno tem até nome: diurese fria. As razões para que isso aconteça não são totalmente claras, mas existem algumas teorias. A mais popular delas explica que a queda de temperatura faz com que seu corpo tente reduzir a perda de calor contraindo os vasos sanguíneos e reduzindo o fluxo de sangue para a superfície da pele. O resultado disso é que a pressão arterial sobe, porque o sangue flui por menos espaço no corpo. E com isso, os rins produzem mais líquido para você expelir, a fim de que a pressão arterial diminua.

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Dizem os pesquisadores da Universidade de Princeton que a bexiga cheia é um lugar para perda de calor adicional e que o xixi ajudaria a conservar o calor. Ainda segundo eles, não há uma temperatura média que induza o fenômeno, já que ele depende de cada pessoa e fatores como idade, sexo e dieta afetam a ocorrência ou não.

 

3. Por que o cabelo fica branco?

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Essa é fácil de entender: os fios de cabelo embranquecem porque, ao envelhecer, uma substância produzida naturalmente pelo corpo, o tal do peróxido de hidrogênio, passa a ser produzido em excesso e acaba por bloquear a produção de melanina, que é responsável por dar cor ao cabelo. Em 2009, pesquisadores alemães descobriram que as células dos folículos capilares de adultos envelhecendo têm baixos níveis da enzima responsável por quebrar o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio, o que acaba “branqueando” a pigmentação natural. Com a descoberta, o próximo passo dos pesquisadores é descobrir como barrar o processo, que também pode estar associado à doenças como o vitiligo.

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4. Por que os dedos enrugam depois de muito tempo na água?

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Dennis, o Pimentinha, não saía da banheira até que seus dedos estivessem enrugados. A mão enrugada, como se estivesse derretendo, é a sensação que temos após ficar um bom tempo dentro d’água. Uma teoria mais recente sobre o assunto foi publicada na revista científica Nature. Segundo os especialistas, tais rugas causadas pela água poderiam ser uma adaptação para nos dar mais aderência ao segurar coisas em ambientes escorregadios.

Desde 1930, os cientistas sabem que o enrugamento causado pela água é controlado pelo sistema nervoso, já que observaram que as rugas não se formam se os nervos de um dedo são cortados. Faltava, então, uma teoria que explicasse as razões para o aumento da superfície de contato criado com os pequenos sulcos nos dedos, como acontece com as reentrâncias dos pneus de carro, que servem exatamente para evitar a aquaplanagem em pistas molhadas.

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5. Por que você se acha estranho em fotos, gravações de áudio e vídeos?

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Você se vê naquela foto 3/4 e se pergunta de onde saiu aquele demônio. Ou escuta sua voz numa gravação e acha insuportável. Ou ainda, fica chocado com o tanto que o vídeo te engordou. Calma, todo mundo já passou por isso um dia. Não é exatamente um problema de autoestima, é mais uma questão de percepção.

No caso da voz, o que você ouve na sua cabeça quando fala ou canta é fruto não só da vibração de suas cordas vocais e ouvidos: o som também é modificado pelo eco nos nossos crânios, o que o distorce de uma maneira que somente nós mesmos podemos ouvir essa “voz interior”. Ou seja, o resto das pessoas escuta algo mais próximo da sua voz na gravação, por mais esquisito que aquilo soe para você.

Já no caso das fotos, a questão é que todas as imagens que vemos de nós mesmos são reflexos e, por isso, são invertidas. Numa foto, a imagem está “correta”, mostrando como de fato somos. E às vezes, isso pode fazer seu cérebro pirar com a figura assimétrica na foto ou vídeo. Claro, depois nos acostumamos. Ou não. Quem nunca se pegou reparando em mil defeitos numa selfie e tirando vááárias versões até achar uma que agrade? Além disso, as câmeras de foto ou vídeo têm lentes que funcionam de maneira completamente distinta do olho humano, sem contar as diferenças entre câmeras, iluminação, distância, etc. A beleza está, de fato, no olho de quem vê.

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