Smartphones alteram a forma como o cérebro conversa com seus dedos
Por Luiza Andrade Quantas vezes por dia você pega o telefone, dá uma olhadinha no Facebook, no Twitter, nas mensagens, no tempo, na agenda, nas fotos, nas músicas…. ufa… E tudo isso de uma só vez! Quando vai escrever e-mails, então, acaba passando uns bons minutos movimentando sem parar os polegares. Pois bem, esse […]
Por Luiza Andrade
Quantas vezes por dia você pega o telefone, dá uma olhadinha no Facebook, no Twitter, nas mensagens, no tempo, na agenda, nas fotos, nas músicas…. ufa… E tudo isso de uma só vez!
Quando vai escrever e-mails, então, acaba passando uns bons minutos movimentando sem parar os polegares. Pois bem, esse movimento não era comum antigamente, e foi exatamente isso que levou neurocientistas da Universidade de Zurich a estudar a relação entre os dedos das mãos e o cérebro.
O estudo, publicado na revista científica Current Biology, aponta resultados curiosos sobre a plasticidade do órgão que controla o corpo humano, e revela que o tempo que você passa usando o smarphone afeta diretamente a forma como seu cérebro se adapta às necessidades diárias dos seus dedos.
Imagem: Creative Commons / Kamyar Adl
Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram os usos do smartphone associados ao monitoramento da atividade cerebral dos participantes. Segundo a equipe, não foi difícil obter os dados, já que os aparelhos de telefone utilizados automaticamente armazenam dados específicos sobre o uso dos aplicativos.
O estudo, liderado pelo pesquisador Arko Ghosh, da Universidade de Zurich, aponta que os dedos mais utilizados são o polegar, o indicador e o dedo do meio (sim, esse mesmo). E, quando comparado com pessoas que não usam smartphones, as ondas cerebrais dos usuários têm atividades significativamente mais altas na região do cérebro encarregada do uso desses dedos. Isso significa que os usuários apresentam maior destreza no uso dos dedos.
Os resultados podem parecer óbvios, mas têm implicações importantes sobre como as tecnologias modernas não só estão mudando nossas formas de interação com o espaço e o tempo, mas também podem reformatar o processamento cerebral sensorial humano. Em outras palavras, quanto mais complicada a tecnologia, mais o cérebro se vira pra dar conta da tarefa.
E você aí, achando que não ia conseguir acompanhar a evolução tecnológica…