Rafael Kenski
Ô vida curta essa de celular. Um aparelho vive, em média, 18 meses antes de ir parar no fundo de alguma gaveta, segundo pesquisas nos EUA. Uma aposentadoria precoce – mas talvez não definitiva. Cada vez mais, ongs querem que o seu velho telefone sirva aos necessitados de ligações telefônicas pelo mundo. Como a Cell Phone for Soldiers (ou “Celulares para Soldados”). A ong recolhe celulares usados para ajudar soldados americanos a falar, de onde estiverem, com seus parentes. Os telefones doados são vendidos a uma empresa de reciclagem – em troca de cartões telefônicos pré-pagos, enviados gratuitamente aos soldados pela ong. Outra que embarcou na ideia foi a Raíces de Esperanza, uma associação de Miami dedicada a melhorar a vida em Cuba. A ong quer juntar aparelhos para equipar os hermanos da ilha, que só em 2008 foram finalmente autorizados pelo governo a ter celulares.
O mundo agradece
Projetos como esses têm conquistado espaço também pela ajuda ambiental que dão. Se cada um dos 3 bilhões de donos de celular no mundo reciclasse um único aparelho, a queda no nível de emissões de gases equivaleria a tirar 4 milhões de carros das ruas, de acordo com a Nokia.