Crianças europeias aprendem a ler e escrever no meio do mato
Mesas, cadeiras, lousa? A tendência é passar o dia inteiro na floresta
Mesas, cadeiras, lousa? A tendência é passar o dia inteiro na floresta. Só na Alemanha, mais de 300 escolas adotaram esse método, que também é moda na Dinamarca, na Suécia e na Suíça e se chama waldkindergarten (“jardim de infância na floresta”). Elas seguem o mesmo currículo das escolas tradicionais – só que no meio do mato. Os alunos, de até 6 anos, são levados pelo professor numa caminhada de aproximadamente 2 km até um bosque ou floresta, onde há uma mesa improvisada para que aprendam a ler, escrever e fazer operações matemáticas.
Tudo isso 6 horas por dia, 5 dias por semana – inclusive quando está nevando. Quer ir ao banheiro? A privada é uma pilha de toras de madeira. Todo esse sofrimento porque, segundo pedagogos, estudar no mato deixa as crianças mais espertas. Um estudo feito pela Universidade de Freiburg, na Suíça, apontou que as crianças educadas na floresta têm mais concentração, criatividade e coordenação motora.
E os professores juram que os aluninhos gostam. “Eles aprendem a lidar com situações extremas, superar os próprios limites”, diz Marga Keller, diretora da escola suíça Wakita, que tem 80 alunos no regime de waldkindergarten. Será mesmo? ” Quando está nevando, não é fácil convencê-los a ir”, admite a mãe Linda Stavast, que matriculou seus dois filhos, de 4 e 6 anos, nas aulas na floresta.