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Tudo mentira

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 31 mar 1988, 22h00

Ninguém gosta de admitir esta dura verdade: todos mentem. Seja para agradar a alguém, escapulir de uma encrenca, ser o herói de alguma aventura nunca vivida, levar vantagem na vida. Com suas pernas curtas, a mentira caminha no passo do homem desde que o mundo é mundo — e não dá o menor sinal de perder o fôlego, muito pelo contrário. Todos temos um pouco — ou muito — de Pinocchio. Há milhares de anos, como se estivesse conformado com o fato de que viver sem pregar uma mentirinha e tão impossÍvel como viver sem respirar, o filósofo chinês Confúcio (551-479 a. C. ) recomendava que se apelasse para esse antiqüíssimo recurso apenas quando a verdade prejudicasse uma família ou a nação. É um conselho maroto, como sabem os chefes de clãs e dirigentes políticos para quem nunca foi difícil fazer o que pregava o venerando sábio.

Aristóteles (384-322 a.C), o pensador grego, só aceitava duas maneiras de mentir: diminuindo ou aumentando uma verdade. O teólogo Santo Agostinho, no século IV, resolveu complicar o assunto descrevendo seis tipos diferentes de mentira: a que prejudica alguém, mas é útil a outro; a que prejudica sem beneficiar ninguém; a que se comete pelo prazer de mentir; a que se conta para divertir alguém; a que leva ao erro religioso; e. finalmente, a que ele considerava a “boa” mentira, que salva a vida de uma pessoa. Para as modernas ciências do comportamento, porém seja qual for a história falsa, a realidade é uma só: mentira é aquilo que se queria que fosse verdade.

O ato de mentir, contudo, é menos ou mais tolerado conforme os valores de cada povo e cada época. E até numa mesma sociedade podem coexistir graus diferentes de aceitação (ou repúdio) da mentira, de acordo com as expectativas que cada grupo social pode ter em relação aos demais. Os povos antigos, de maneira geral, condenavam a mentira, mas podiam mudar de idéia a partir do contato com outras culturas. Por exemplo, os povos da velha Índia tinham o preceito de só mentir para salvar um hóspede. No mais, os budistas pregavam que mentir equivalia a matar dez homens. Em tempos recentes, com a chegada dos colonizadores ingleses, a mentira passou a ser aceita com naturalidade pelos indianos, que a ela recorriam até para salvar a própria pele.

Mas, ontem ou hoje, na Índia ou no Brasil, segundo os psicólogos, existe um período da vida em que sempre se mente: a infância. Nela, a mentira é um modo de satisfazer, para si mesmo ou perante os outros, uma necessidade ou alcançar um desejo. Por exemplo, o garoto que diz que seu pai, uma pessoa modesta, é um “grande homem” quer que isso seja verdade. É parte do desenvolvimento psíquico de cada um fazer da mentira uma espécie de varinha mágica.

Também existem as mentiras por motivos óbvios, em que o pequeno mentiroso sacrifica a verdade para proteger-se da esperada punição por um mau desempenho na escola ou uma travessura que custou a vida de um valioso vaso em casa. A criança mente ainda para extravasar agressividade ou vingar-se de alguém: por exemplo, acusa o irmão de uma falta imaginária para vê-lo castigado e assim aplacar o próprio ciúme. Tudo isso, com mais refinamento, os adultos também fazem. Há, porém, uma diferença. “Não existe uma idade exata para parar de mentir. Mas quando se deixa de viver mentindo é sinal de que já se está maduro”, acredita a psicóloga paulista Maria Helena de Brito Izzo, que há vinte anos trabalha com crianças.

Se a mentira é tão comum, por que todo pai vira uma fera quando flagra o filho mentindo? “Porque esse mesmo pai, embora também minta na sua vida, não deixa de dar o devido valor à verdade”, responde Maria Helena. “Ele quer que o filho faça o certo pelo mesmo motivo que deseja vê-lo o melhor em tudo.” A repressão familiar à mentira faz bem: sem ela, explica a psicóloga, não se aprende a lutar pelas coisas que se quer usando meios legítimos, nem se assume o que se faz— enfim, não se cresce. No final das contas, o adulto que mente constantemente é uma criança que só cresceu por fora. Pois então a mentira é prova de que algo vai mal na cabeça do cidadão — e precisa ser tratado.

Por isso mesmo, a mentira é uma das principais manifestações analisadas no divã do psicoterapeuta: os assuntos sobre os quais a pessoa mente fornecem ótimas pistas sobre as áreas mais problemáticas de seu temperamento, aquilo que ela não enfrenta ou quer esconder — de si mesma, para começo de conversa. Não menos importante, porém, é a influência da sociedade. Assim como a censura da família é fundamental para conduzir a criança ao bom caminho da verdade, a forma como a sociedade pune a mentira também é. “Num país como o Brasil, em que a impunidade corre solta, mesmo um adulto pode não ver mal algum em mentir”, observa a psicóloga Maria Helena. Ai a mentira muda de figura. Já não se trata da necessidade compulsiva de enganar, típica da pessoa imatura, nem das pequenas inverdades que todos contam, seja por piedade, como dizer a um doente que sua aparência está ótima, seja para poupar-se de uma chateacão, ao mandar dizer que não se está em casa no momento de atender um telefonema.

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Quando a mentira passa a fazer parte rotineira do jogo social — uma técnica de ataque e defesa na competição entre as pessoas por mais riqueza, prestigio ou poder, e ainda na guerrilha entre governados e governantes —, é claro sinal de que o pais onde isso acontece não vai bem das pernas. O pior é quando as pessoas mentem e já nem ficam vermelhas — ao contrário, até invocam justificativas para as rasteiras que praticam, como o contribuinte que lesa o físco porque se diz lesado pelo governo que não cumpre o que promete. A mentira envergonhada ainda é uma prova de que se sabe distinguir o certo do errado: assim como a hipocrisia é a homenagem do vício à virtude, ela é uma demonstração indireta do respeito pela verdade. Mesmo o mais descarado dos mentirosos, porém, se entrega — só não o nota quem não quer ou não presta suficiente atenção.

Descontadas as mudanças imperceptíveis diretamente, aquelas captadas somente pelo detector de mentira, o corpo mostra um grande número de sinais de que a verdade está passando longe naquela hora. Sabe-se, por exemplo, que é mais fácil mentir com o rosto do que com as pernas e os pés. Isso mesmo: cientistas descobriram que, pelo fato de todos conhecerem as próprias expressões faciais, de tanto vê-las no espelho, é mais simples controlá-las no momento de mentir. Mas é quase impossível disciplinar pernas e pés — que à sua maneira também “falam”, e às vezes bem alto, durante uma conversação. O mentiroso bate os pés, cruza e descruza as pernas. É por isso que em negociações complicadas as pessoas ficam inconscientemente mais à vontade sentadas a mesas que escondem a metade inferior do corpo.

Numa das mais bem trabalhadas pesquisas sobre a mentira e o organismo, cientistas americanos pediram a um grupo de estudantes de enfermagem — uma profissão cujos praticantes são de certo modo treinados para mentir — que dissessem ora a verdade, ora a mentira sobre alguns filmes a que haviam assistido. Enquanto as enfermeiras falavam, uma câmara oculta tratava de flagrar os sinais mentirosos. Um deles é o ato de esconder as mãos, que normalmente se movimentam numa conversação para dar força a uma idéia. Sem perceber o que está fazendo, o mentiroso tende a tirar as mãos de cena, afundando-as nos bolsos, por exemplo, para evitar que desmintam a mentira que sai da boca.

As enfermeiras da pesquisa americana aumentaram a freqüência de autocontatos com o rosto, enquanto mentiam sobre os filmes. Ou seja, começaram a passar a mão pela face, alisar os cabelos, apoiar a mão no queixo. Mas dois gestos se destacaram: o de encobrir parcialmente a boca — nem que apenas por um momento — e o de tocar o nariz. O primeiro, segundo os psicólogos, traduz uma vontade de amordaçar-se, porque ninguém se sente totalmente à vontade ao contar mentiras. Tende a ser um gesto rápido porque exprime um conflito: uma parte do mentiroso não quer amordaçar-se coisa nenhuma — e sim continuar com a sua mentira. Já o toque no nariz tem duas explicações: a primeira seria basicamente a impossibilidade de cobrir a boca — portanto, encontra-se apoio no nariz, que está convenientemente próximo; a segunda explicação refere-se a certas mudanças fisiológicas, nos momentos de tensão, que aumentam a sensibilidade da mucosa nasal. Assim, ao mentir, o nariz coça, embora possa ser uma sensação tão suave que mal se perceba.

Finalmente, as enfermeiras mentirosas se mexiam mais nas cadeiras, como crianças que querem escapar de algum lugar. Na verdade, o que todos querem é escapar desse desconforto psicológico que é enganar o próximo, mesmo quando não se o ama. As crianças podem dizer “sou mentiroso e sou feliz; mais mentiroso é quem me diz”. Mas não é verdade: mentira raramente rima com felicidade. Principalmente quando a pessoa se vê forçada a esconder de seu parceiro a realidade. Nas relações amorosas, diz o psicoterapeuta paulista Jacob Pinheiro Goldberg, a mentira costuma ser confundida com a fantasia, pois ambos os processos servem à mesma finalidade: suavizar as situações de tensão.

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“Mas, na mentira”, explica Goldberg, “existe a intenção de iludir o outro em causa própria, e isso implica lesões e mutilações para o relacionamento. Já a fantasia serve muitas vezes para sustentar a qualidade da relação.” A mentira no jogo amoroso também sofre a influência dos costumes da sociedade em que vivem os amantes. Quanto mais tabus houver maior será a tendência para a hipocrisia e o fingimento. Poucas coisas são tão complicadas como o conflito entre a verdade e a mentira numa relação afetiva, e os rios de tinta já gastos pelos psicólogos para explicar a questão não conseguem cobrir suficientemente toda a gama de emoções envolvidas nessas situações.

Há quem vive para mentir e há quem mente para viver — como os que ganha honestamente o pão de cada dia graças ao fingimento, em tempo parcial ou integral. É o caso, por exemplo, dos atores, que fingem ser personagens; dos médicos, que ostentam nas horas mais graves uma calma fictícia; dos diplomatas, que por dever do ofício blefam à mesa de negociações. Os publicitários, cansados de levar a fama de vender mentiras bem embaladas, resolveram há oito anos criar o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar), justamente para vigiar anúncios caídos na tentação de vender gato por lebre.

Pois bem: só nos últimos cinco meses do ano passado, o Conselho suspendeu sete campanhas publicitárias por causa das chamadas mensagens enganosas. Isso sem contar as campanhas que sofreram pequenas correções porque não explicavam direito o que estavam vendendo. “O problema desses tempos de crise”, comenta Álvaro Moura, do Conar, “é que aumenta o número de produtos, como manuais fantásticos para ter sucesso, figas ecruzes milagrosas, receitas para ganhar na loteria. Está na cara que é mentira. Mas, no desespero, o brasileiro pode acabar acreditando.”

As pesquisas indicam que os brasileiros menos acreditados pela população são os políticos. É uma revelação inquietante, sem dúvida, mas não é verdade que isso acontece só no Brasil — e só nos dias de hoje. Afinal, quatro séculos antes de Cristo, na Grécia Antiga, Platão ensinava que “a mentira enfeia a alma, mas é perdoável quando atende a interesses de Estado”. Depois, no Renascimento, o italiano Maquiavel escreveria que todos vêem o que o político parece, mas poucos sabem o que ele é realmente. E assim ninguém tanto quanto o político profissional é uma aparência — ainda que a aparência engane.

A mentira se infiltra na História que se aprende nos livros didáticos — e cada país há de ter sua cota de maus tratos à verdade dos acontecimentos históricos. Dom Pedro I, por exemplo, jamais teria bradado “Independência ou morte” às margens do Ipiranga, ao receber a carta que o intimava a voltar a Portugal; teria reagido soltando uns sonoros palavrões. Guardadas as diferenças de tempo, lugar e pessoa, não se tem provas de que Nero tenha mandado incendiar Roma em 64 d.C., mas não há quem não tenha sido ensinado a acreditar em sua culpa.

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Nos Estados Unidos, quando se ensina às crianças as virtudes da verdade, é inevitável o exemplo de George Washington: aos 6 anos, confessou ter derrubado a cerejeira favorita do pai, dizendo “não posso mentir”. Na verdade, nenhuma de suas biografias confirma o episódio. O nazista Joseph Goebbels, famigerado ministro da Propaganda de Hitler, entrou para a História, entre muitas outras coisas, como tendo dito que “a mentira repetida diversas vezes se torna uma verdade”. Nunca se provou que ele tivesse de fato dito isso, pelo menos com essas palavras. Mas tanto já se repetiu a frase que ninguém dirá ser mentira.

 

 

Mentirosos de mentira

De tanto inventar histórias para distrair seus amigos, o alemão Karl Friedrich Hieronymus, barão de Munchhausen (1720-1797), que serviu como mercenário no exército russo na guerra contra os turcos em 1740, acabou entrando para a História como um grande mentiroso, graças ao livro, por sinal publicado anonimamente em 1785, do escritor alemão Rudolph Erich Raspe (1737-1794). De volta dos campos de batalha, o barão contou, por exemplo, como se safara de um pantano onde caíra: puxando a si mesmo pelos cabelos. Em outra peripécia, salvou-se da morte cavalgando balas de canhão disparadas pelo inimigo. Entre uma aventura e outra, ainda achou tempo para ir à Lua — duas vezes.

Mas não há literatura que não tenha seus campeões da mentira — real ou imaginária. O escritor francês Alphonse Daudet (1840-1897) celebrizou-se graças às aventuras mentirosas de seu personagem Tartarin de Tarascon, um burguês baixinho, com certa tendência à obesidade, que se imaginava um valente herói e saía contando peripécias nunca vividas. No Brasil, o mentiroso Macunaíma, de Mário de Andrade, nem fez questão de se fingir de herói: covarde como só ele e sem nenhum caráter, Macunaíma mentia o tempo inteiro para se safar de qualquer problema — dizer a verdade, aliás, Ihe dava preguiça.

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O mentiroso mais conhecido do mundo da ficção foi sem dúvida Pinocchio, o boneco de madeira criado em 1878 pelo escritor italiano Carlo Collodi. Numa tentativa de educá-lo, a fada madrinha de Pinocchio fez com que cada vez que ele mentisse o nariz crescesse. Antes que virasse um Cirano, o boneco acabou desistindo de sua vida de mentiras. Foi, talvez, o único mentiroso da literatura a optar pela verdade — pela boa e simples razão de que a verdade Ihe trazia mais vantagens do que a mentira.

 

Quando os animais mentem

A mentira, na natureza, é uma arma de sobrevivência. Muitas vezes, na luta contra o predador, a presa só tem chance de escapar se souber mentir bem. E o caso dos camaleões, que, graças à pigmentação especial da pele, se confundem com o ambiente. Ou de certos caranguejos, que vivem com a carapaça coberta por algas ou esponjas. Os insetos são especialistas em se fingir de cortiça ou de gravetos no tronco de árvores. Essas e muitas outras formas de mentira atendem por um único e verdadeiro nome científito – mimetismo.

O fenômeno foi estudado pela primeira vez pelo naturalista inglês Henry Walter Bates (1825-1892), que observou o comportamento das borboletas no vale do rio Amazonas. Ele descobriu uma família de borboletas que conseguia escapar dos pássaros tornando-se parecida na forma e na cor com outra família. cujo sabor não agradava às aves. As borboletas apetitosas tratavam de voar misturadas às outras. Hoje se sabe que os animais memorizam certos padrões de aparência quando associam determinada presa a um gosto nauseante ou à dor. Portanto, mentiroso competente é aquele que consegue assumir uma aparência pouco atrativa para o predador.

Existem, porém, casos de automimetismo: animais que imitam outros da própria espécie. Os zangões, por exemplo, quando estão prestes a ser atacados, voam e zumbem como abelhas, que, como bem sabem os atacantes, têm ferrões para se defender-se a mentira pega, os zangões se salvam. Nem sempre, contudo, é a presa o mentiroso. Isso acontece no caso clássico do lobo em pele de cordeiro, ou seja, o animal que finge ser manso, se aproxima calmamente de outro com ar de quem não quer nada e sai ganhando uma refeição.

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Retrato de um mentiroso

Enquanto a boca mente com a maior desenvoltura, a mente se perde entre o que conhece como verdade e o que está sendo afirmado mentirosamente como verdade.

Durante esse pequeno curto-circuito, ocorrem mudanças fisiológicas comuns a todo e qualquer mentiroso: a respiração se interrompe por um segundo e depois volta num ritmo acelerado; o coração também passa a bater rápido e a transpiração aumenta. Como nada disso pode ser percebido diretamente, existe o poligrafo, ou detector de mentira, um aparelho que em contato com o peito, o pescoço e as pontas dos dedos registra em gráficos aquelas manifestações fisiológicas.

Certamente, todos os sintomas citados aparecem no mentiroso. A polêmica, porém, surge ao se levantar a possibilidade de que qualquer pessoa em estado de ansiedade — com problemas familiares, por exemplo — pode apresentar as mesmíssimas características. No Brasil, apenas a polícia de São Paulo usa o detector de mentira. Segundo o delegado Nelson Silveira Guimarães, “apesar da confiança que temos no exame, ele não é considerado prova judicial, mas apenas um indicio que pode influênciar a opinião do juiz”. O detector de mentira, diz Guimarães, só não é ainda mais usado porque apenas um em cada dez suspeitos consente em submeter-se ao aparelho. Além disso, enquanto nos Estados Unidos cerca de 10 mil policiais sabem manipular o detector, no Brasil não há mais de uma dúzia de funcionários habilitados.

 

 

 

Para saber mais:

Por favor, leia este texto

(SUPER número 6, ano 2)

 

Sabe da última?

(SUPER número 1, ano 3)


Como funciona a cabeça de um corrupto

(SUPER número 10, ano 7)

 

A arte de enganar

(SUPER número 10, ano 7)

 

Erros, fraudes e intrigas

(SUPER número 2, ano 8)

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