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3 fatos que você precisa entender antes de ver “Dark”

A série tem fama de ser complexa, mas saber alguns conceitos de antemão pode tornar a produção da Netflix bem mais simples do que parece.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 26 out 2020, 14h09 - Publicado em 24 jun 2019, 20h38

Talvez você já tenha ouvido isso de um amigo que assistiu a Dark: “Eu só consegui entender o que estava acontecendo depois de vários episódios”. Parece pouco convidativo acompanhar 40 minutos e simplesmente não entender o que está se passando na tela. Não à toa, esse é justamente um dos principais motivos para muita gente ter desistido da série.

Apesar disso, a primeira temporada da produção alemã, lançada em 2017, foi um sucesso. Ela se tornou uma das produções não faladas em inglês mais vistas do serviço de streaming. Com uma trama envolvendo desaparecimentos de crianças, relações familiares misteriosas, um acidente nuclear, um buraco de minhoca e várias linhas do tempo, a série conquistou o público que gosta de suspense, mistério e conspiração.

Para quem não assistiu à primeira temporada, mas está curioso com o lançamento da segunda (desde o último dia 21 de junho, todos os episódios estão disponíveis na Netflix), aqui vão alguns conceitos importantes para compreender a trama. Sim, contém alguns spoilers, mas nada que estrague as principais revelações da série.

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Os anos bases

(Netflix/Reprodução)

Dark é essencialmente uma série sobre viagem no tempo. A trama se passa na cidade fictícia de Winden, na Alemanha, e acontece de forma não linear, alternando um vai e volta entre 1953, 1986 e 2019. Esse três anos específicos representam dois ciclos de 33 anos. Segundo o personagem Dr. H.G. Tannhaus – que, na série, é autor do livro Viagem Através do Tempo –, esse número se repete de diversas formas na natureza. Por exemplo: o ciclo lunar e o ciclo solar se sincronizam a cada 33 anos.

Como a primeira temporada de Dark é de 2017, no início da série parecia que 2019 era o futuro mais distante dentro daquele universo. O responsável por esses saltos no tempo (e, consequentemente, por todos os desaparecimentos) é nada menos que um buraco de minhoca, teoria que os físicos Albert Einstein e Nathan Rosen criaram em 1935, sobre uma hipotética forma de se viajar pelo espaço-tempo. De forma absurdamente resumida, o buraco de minhocas é um “túnel” que serve de atalho entre dois lugares e tempos distantes.

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Na 2019 de Dark, existe um buraco de minhocas em uma caverna, na pacata cidade de Winden. É ele o responsável pelo sumiço de diversas crianças – entre elas, Erik Obendorf, visto pela última vez no dia 22 de outubro, e Mikkel Nielsen, desaparecido em 4 de novembro.

O fato de essa fenda temporal estar exatamente ali não é por acaso: sua existência está vinculada a uma usina nuclear que acabou gerando uma explosão de graves proporções – o acidente de Chernobyl aconteceu justamente em 1986, então acredita-se que a escolha do ano não foi uma mera coincidência. Com isso, de alguma forma que a série ainda não esclareceu, o buraco de minhoca na caverna foi aberto, possibilitando a volta ou a ida no tempo.

O místico na série

(Netflix/Reprodução)

No quarto episódio de Dark, somos apresentados ao personagem Noah. Ele é religioso e deseja criar uma máquina do tempo para controlar o que acontece no mundo – e estabilizar as viagens de 33 anos.

Nos anos 1980, ele pediu ajuda de outro personagem, Helge, para construir uma máquina do tempo em um quarto, exatamente em cima da caverna onde fica o buraco de minhoca. Para testar se a viagem no tempo seria possível, Noah conduziu diversos testes com crianças. O mesmo quarto aparece em 1953, em 1986 e em 2019.

Segundo Noah, essa máquina pode salvar a humanidade. Pouco se sabe sobre a história do personagem, mas a tatuagem de suas costas diz muito: o desenho é uma representação da Tábua de Esmeralda, associada à filosofia oculta do Hermetismo.

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Hermetismo ou hermeticismo é o estudo e prática da filosofia oculta e da magia. A teoria é associada a escritos atribuídos a Hermes Trismegisto, conhecido como “Hermes Três-Vezes-Grande”, uma divindade que combina aspectos do deus grego Hermes e do deus egípcio Thoth. Figuras como Giordano Bruno (sim, o que influenciou o “menino do Acre“) e Marsilio Ficino reavivaram essas crenças na época da Renascença, na Europa dos séculos 15 e 16. Crentes no Hermetismo acreditam que todas as ações estão conectadas, o que casa perfeitamente com os ciclos temporais de Dark.

Na Tábua da Esmeralda que Noah tatuou aparece a frase “e então o mundo foi criado”, que, na série, está gravada na entrada dos portais que possibilitam as viagens do tempo. “O tempo não influencia apenas o futuro, o futuro também influencia o passado. É igual à questão do ovo ou da galinha. Eles estão conectados”, diz H.G. Tannhaus em Dark.

As relações familiares

(Netflix/Reprodução)

Na série, todas as crianças que passaram por algum experimento no espaço-tempo acabaram mortas. Até existir, em 2019, Mikkel Nielsen.

Mikkel acaba se perdendo na caverna e entrando no buraco de minhoca, e vai parar em 1986. Sem conseguir voltar, ele é adotado e cresce com o nome de Michael. Anos depois, se casa e tem como filho o protagonista da série, Jonas – o garoto de casaco amarelo que está na capa desta matéria (e que você provavelmente já viu em alguma outra imagem promocional da série).

No início da primeira temporada, Jonas está sofrendo pelo suicídio do pai e decide investigar por que Michael tirou a própria vida. É nessa busca que o garoto desvenda a existência do buraco de minhoca – e por que muitas crianças estão desaparecendo. Seu pai era uma delas.

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Em 2019, Michael, já adulto, tem a chance de ir até o buraco de minhoca e impedir que o jovem Mikkel (ou seja, ele mesmo) desapareça. Sem saber lidar com essa situação, escolhe se matar – e não muda seu próprio destino.

Achou confuso? Mistérios como esse também acontecem com três outros núcleos familiares. A Mundo Estranho já fez uma matéria desvendando a árvore genealógica de cada uma. Vale salvar a imagem e tê-la ao seu lado enquanto maratona.

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