Texto Rodrigo Rezende
Bertrand Russell
Ele é uma fórmula matemática com pernas”, escreveu o filósofo Will Durant sobre o colega Bertrand Russell (1872-1970). Russell, intelectual que só foi ao cinema após ler um tratado filosófico a respeito, era mesmo fanático por contas: “A matemática possui uma beleza extrema”. Só que ele não via essa beleza em tudo. Muito menos em um aluno de Cambridge, que lhe fez uma pergunta bem estranha:
Ludwig Wittgenstein
“O senhor poderia fazer a gentileza de me responder se sou ou não um completo idiota?” Russell respondeu: “Não sei. Por quê?” “É que, caso seja um idiota, me dedicarei à aeronáutica. Caso contrário, serei filósofo”, disse Ludwig. Russell, então, leu uma linha de um trabalho de Ludwig e disse: “Não, você não deve ser aeronauta”. E foi assim que um dos maiores gênios da filosofia se sentiu aliviado por ter abandonado….
Manchester
A cidade em que Wittgenstein passara 3 anos projetando motores combinava com o humor depressivo do alemão: cinzenta e repleta de fábricas. Há quem diga que esse clima sombrio foi responsável por empurrar os jovens locais para pubs, garagens e guitarras. E o resultado foi uma explosão de bandas de rock, como New Order, Joy Division e…
Smiths
Enquanto as bandas da década de 1980 escolhiam nomes “sofisticados”, como Depeche Mode e Classix Nouveaux, o inglês Steven Morrissey resolveu chamar seu grupo de The Smiths – algo como “Os Silvas”. A banda inovou no jeito de tocar e se vestir. E acabou sendo influência para um brasileiro, que copiou os trejeitos de Morrissey no palco…
Renato Russo
Se o vocalista da banda Legião Urbana se chamava Renato Manfredini, de onde veio o “Russo” do seu nome artístico? Adivinhe só: segundo o artista, foi uma homenagem a Bertrand Russell. E a música Teorema, do Legião, parece feita para ele. “Parece um teorema sem ter demonstração / E parece que sempre termina / Mas não tem fim.” Afinal, o inglês passou a vida tentando escrever o livro definitivo da matemática. Mas não conseguiu.