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Malcolm Gladwell, Nassim Taleb, Steven Levitt: as ideias por trás dos “livros de ideias”

Sete clássicos do pensamento contemporâneo, e um pequeno guia sobre o que há de mais essencial em cada um deles.

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 20 Maio 2022, 16h56 - Publicado em 31 jan 2008, 22h00

Blink (Malcolm Gladwell, 2005)

Capa do livro Blink.
(Arte/Superinteressante)

A ideia ali:

Tomamos decisões inconscientes o tempo todo. Alguns sabem tirar proveito disso, como especialistas em obras de arte que reconhecem uma falsificação quase perfeita num piscar de olhos, sem pensar. Outros não.

É o caso dos empresários que, sem saber, só contratam sujeitos altos como executivos. Gladwell mostra: cada 3 centímetros a mais na altura valem quase US$ 1.000 a mais de salário anual nos EUA.

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Freakonomics (Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner, 2005)

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(Arte/Superinteressante)

A ideia ali:

O senso comum está errado. Os autores defendem que a legalização do aborto nos EUA, em 1973, foi o que reduziu a criminalidade; que as piscinas são mais perigosas para as crianças do que armas de fogo; que professores trapaceiam mais do que alunos nas avaliações…

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Isso e mais umas dezenas de “impropérios”. Tudo sem o menor sensacionalismo, com precisão acadêmica.

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O Ponto de Desequilí­brio (Malcolm Gladwell, 2000)

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(Arte/Superinteressante)

A ideia ali:

Fenômenos sociais começam de surpresa. Gladwell defende, por exemplo, que a redução dos crimes em Nova York, que caíram pela metade nos anos 1990, teve início em algo banal: o combate à pichação no metrô.

Isso teria mostrado que as autoridades não estavam para brincadeira, começando uma bola de neve que arrasou os crimes – uma proposta menos radical que a do Freakonomics, mas tão atraente quanto.

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O Cisne Negro (Nassim Nicholas Taleb, 2007)

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(Arte/Superinteressante)

A ideia ali:

O que faz o mundo girar são as coisas improváveis – seja um Adolf Hitler, seja um 11 de Setembro ou alguma empresa que descubra uma mina de ouro no meio do nada, como a Microsoft fez nos anos 1980 e a Apple no século 21.

Até aí, nada de novo. Mas Taleb mostra que somos viciados em achar que o imprevisível não existe, que tudo é quadradinho, com causas e consequências claras – e que por isso os livros do tipo “Como ficar milionário em 10 passos” pode transformar seus autores, nunca seus leitores, em milionários.

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Idéias que Colam (Chip Heath e Dan Heath, 2007)

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(Arte/Superinteressante)

A ideia ali:

Se alguém disser que um saco de pipoca tem 37 gramas de gordura saturada você se lembraria depois de um mês? E se falarem que ele tem tanta gordura quanto um monte de bacon, um Big Mac com fritas e um bifão – tudo junto? Desse jeito a ideia gruda.

Os irmãos Heath, enfim, dissecam os mecanismos que permitem isso. E concluem: as ideias que colam são as mais simples e inesperadas.

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Wikinomics (Don Tapscott e A. D. Williams, 2007)

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(Arte/Superinteressante)

A ideia ali:

O estilo wiki, a coisa de dividir trabalhos entre milhares de colaboradores online, não serve só para a Wikipédia. Mas para tudo.

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A mineradora canadense Goldcorp que o diga. Ela colocou seus estudos geológicos na rede. Então pagou por dicas de profissionais do mundo todo sobre onde encontrar mais minérios. A produtividade bombou. E o faturamento cresceu 9.000%.

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A Sabedoria das Multidões (James Surowiecki, 2004)

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(Arte/Superinteressante)

A ideia ali:

Se você perguntar a 100 idiotas quantas balas existem num saquinho, o número médio entre as respostas será mais acurado que o palpite de um especialista em saquinhos de bala.

Com base em experimentos assim, que realmente aconteceram, Surowiecki conclui que grupos de pessoas tomam decisões mais racionais do que indivíduos brilhantes – ao contrário do que reza o senso comum.

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