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Nova websérie mostra os bastidores das Bienais de arte

O programa disponibilizado no YouTube explica desde o processo de escolha das obras até seu transporte e montagem no pavilhão. Adiantamos algumas curiosidades que você deve encontrar na série.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 16 nov 2021, 15h12 - Publicado em 12 nov 2021, 18h57

A Fundação Bienal de São Paulo, em parceria com a Bloomberg Philanthropies, lançou na última quarta-feira (10) a websérie “Por dentro da Bienal de Arte de São Paulo”. O programa busca responder perguntas sobre a montagem de uma exposição, trazendo falas de profissionais envolvidos no processo, como curadores e arquitetos. O primeiro episódio já está disponível no YouTube, e outros cinco devem chegar semanalmente até o dia 15/12, data que marca o encerramento da exposição “Faz escuro mas eu canto”. Confira o teaser:

A Bienal de São Paulo é a maior exposição de arte contemporânea do hemisfério sul e também a segunda mais antiga do mundo. O primeiro episódio, “O que é uma Bienal?”, conta um pouco de sua história, trazendo à tona nomes como Ciccillo Matarazzo e Yolanda Penteado, os primeiros idealizadores e organizadores desse evento que remonta a década de 1950. Por meio de falas de especialistas e imagens de arquivo, a websérie pretende mostrar esse antigo universo às novas gerações, cativando o público jovem e dando visibilidade aos profissionais que trabalham na instituição. 

A Super teve acesso ao conteúdo dos episódios da série e já pode adiantar algumas das informações que você deve encontrar por lá. No segundo episódio, que será disponibilizado na próxima quarta-feira (17), é possível entender o trabalho da equipe de curadoria. Eles são responsáveis por garantir a presença das obras na bienal (mesmo que isso custe implorar para a esposa de um artista já falecido que ela libere obras de sua coleção pessoal). 

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Ciccillo Matarazzo (à esquerda), Yolanda Penteado e Darcy Vargas (ao centro) em recepção no Jockey Clube de São Paulo durante a 1ª Bienal (1951).
Ciccillo Matarazzo (à esquerda), Yolanda Penteado e Darcy Vargas (ao centro) em recepção no Jockey Clube de São Paulo durante a 1ª Bienal (1951). (Fundação Bienal de São Paulo/Reprodução)

Mas nem só de pinturas antigas vive uma bienal. Praticamente metade do material exposto é de obras comissionadas – ou seja, feita por artistas contratados para produzir exclusivamente para o evento. Vale lembrar que cada bienal é única e, diferente de um museu, todas as peças são trocadas a cada nova exposição. Haja preparo. 

Transportar uma obra de arte também não é tarefa fácil. Na série, ficamos sabendo da vez em que um muro foi transportado de caminhão do Recôncavo Baiano até São Paulo. A ideia era trazer o artista para fazer a obra in loco, mas optaram por enviar a arte pronta. Para obras feitas em solo brasileiro, o deslocamento rodoviário é o mais comum, enquanto os aviões são utilizados no transporte de obras internacionais. Para ter uma noção, na 29ª Bienal foram trazidas 850 peças de 40 países diferentes. Algumas delas vêm com acompanhantes, conhecidos como couriers, que acompanham a obra desde o local de partida até o pavilhão de exposição.

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Montagem da 18ª Bienal de São Paulo (1985).
Montagem da 18ª Bienal de São Paulo (1985). (Fundação Bienal de São Paulo/Reprodução)

Fora o transporte, também é preciso pensar no posicionamento das obras. A altura média da população brasileira é levada em conta na hora de pendurar os quadros, que ficam a uma altura de 1,5 metros (considerando do chão até seu centro). Com os portões abertos, entram em ação os profissionais responsáveis pela mediação entre arte e espectador, sem falar nas pessoas responsáveis pela sinalização. No final, montar uma Bienal requer o trabalho de curadores, pesquisadores, arquitetos, marceneiros, faxineiros, entre outros.

Se você ficou com gostinho de quero mais, é só acessar o canal de YouTube da Bienal de São Paulo e acompanhar os episódios. Para um contato ainda mais próximo, você pode visitar a exposição gratuita “Faz escuro mas eu canto”, em exibição até 5 de dezembro de 2021 em São Paulo. A exposição está localizada no Pavilhão Ciccillo Matarazzo do Parque Ibirapuera. 

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