Playlist: 5 coisas para ler e jogar em dezembro
Os enigmas da mente alheia, um puzzle de múltiplas dimensões, o oprimido se tornando opressor, um sci-fi clássico transformado em game - e uma compilação de razões para acreditar no futuro da humanidade.
Como Decifrar Mentes
O que a outra pessoa está sentindo? Como saber se ela está blefando ou mentindo? Neste livro o psicoterapeuta David J. Lieberman, consultor do FBI e da CIA, ensina algumas de suas técnicas, que se baseiam na análise de discurso. O uso de certos pronomes, a sobreposição de detalhes e o ritmo das frases, entre outras características, revelam se um relato é ou não verdadeiro – com um grau de acerto, diz Lieberman, muito maior que a obsoleta análise de expressões faciais e corporais.
O planeta dos robôs
Regis III é deserto e estéril, mas tem uma forma de vida: enxames de micromáquinas, que parecem ter sido deixadas ali por alguma civilização e agem de modo curioso – não possuem inteligência individual, mas são capazes de se organizar em ações complexas. Esse é o enredo de A Nave Invencível, ficção científica escrita em 1964 pelo polonês Stanislaw Lem (autor do clássico Solaris), agora transformada em game.
The Invincible. Para PlayStation, Xbox e PC. R$ 100 a R$ 150.
A Segunda Mãe
As mulheres assumem o controle do mundo e decidem se vingar dos homens: eles são enviados para campos de confinamento, e só podem participar da sociedade na função de reprodutores. Esse é o cenário imaginado pela jornalista Karin Hueck (que trabalhou como editora na Super) em seu romance de estreia.
Múltiplas dimensões
Este jogo é um “puzzle platformer”: você controla um personagem que atravessa cenários e vai resolvendo desafios de lógica. Eles começam simples, mas ficam profundos – porque transcorrem em universos paralelos, um dentro do outro. Novo game do dinamarquês Jeppe Carlsen, autor dos excelentes Limbo (2010) e Inside (2016).
Cocoon. Para Xbox, PC, Mac e smartphone (via cloud gaming). Grátis no serviço Game Pass.
O Livro da Esperança
“É compreensível que, em alguns momentos, nos sintamos fadados a ficar parados, observando o mundo acabar”, escreve a primatóloga inglesa Jane Goodall neste livro, em que deixa os macacos de lado para se debruçar sobre a sociedade humana – e contar algumas das histórias mais inspiradoras que viveu ao longo dos seus 89 anos.