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Triste com o final de GoT? Martin prometeu que de 2020 o livro não passa

O autor já havia desistido de marcar a publicação do próximo livro da saga – mas, provocado por uma companhia aérea, abriu a boca e fez uma aposta.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 ago 2022, 11h03 - Publicado em 23 Maio 2019, 20h02

Nem todo mundo ficou satisfeito com a forma como Game of Thrones terminou no último domingo (19). E não poderia ter sido de outro jeito: todo o hype que se formou em torno da série desde sua estreia, em 2011, atraiu fãs ferrenhos e inflamados.

Se você é uma das pessoas que não gostou do final, só resta aguardar George R. R. Martin acabar de escrever os dois últimos livros (o 6º e o 7º) das Crônicas de Gelo e Fogo — e ele acaba de dar ao mundo um novo prazo para a publicação. 

Martin escreveu em seu blog pessoal  intitulado Not a Blog e com a aparência de uma relíquia da internet de 20 anos atrás – que a publicação de Os Ventos do Inverno, o 6º, não passa de 2020.

Se a promessa realmente for cumprida, o próximo volume da saga chegará às livrarias nove anos após a publicação do 5º, intitulado A Dança dos Dragões.

A nova promessa não saiu do nada. Na verdade, foi uma resposta bem humorada de Martin a um convite engraçadinho de uma companhia aérea.

Em um vídeo postado na internet no dia seguinte ao grand finale de GoT, a Air New Zealand propôs dar ao autor um voo na faixa até a Nova Zelândia para ele passar um tempo sabático na paradisíaca ilha. Ali seria o local ideal para ele se concentrar e, finalmente, terminar de escrever o bendito livro. Na resposta que postou no blog, Martin se disse surpreso com a proposta meio indiscreta.

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O autor não poupou elogios ao país, descrevendo as vezes em que esteve por lá e comparando os ecossistemas exuberantes que viu com a Terra Média de Tolkien — foi ali, claro, que Peter Jackson gravou O Senhor dos Anéis. Ele até brincou que, nessa altura do campeonato, as belezas naturais da ilha só iriam distraí-lo ainda mais.

É aí que entra uma coincidência importante: no verão do ano que vem, a cidade de Wellington, na Nova Zelândia, vai sediar a Worldcon, principal evento mundial de ficção científica – e Martin foi convidado para ser o mestre de cerimônias do prêmio Hugo, o Oscar da literatura sci-fi.

Pensando nisso, Martin, educadamente recusou o convite e explicou que já tem uma viagem marcada para a Nova Zelândia em agosto de 2020. E aí escreveu o seguinte: “Se eu não tiver Os Ventos do Inverno na mão quando chegar à Nova Zelândia para a Worldcon, vocês têm minha permissão escrita formal para me aprisionar em uma pequena cabana em White Island, com vista para aquele lago de ácido sulfúrico, até que eu acabe”.

Foi assim que ganhamos uma nova data para aguardar ansiosamente. Mas é bom não criar tanta expectativa: Martin joga no time do Elon Musk. É daqueles caras que falham miseravelmente em dar deadlines para a entrega de seus trabalhos. Para dar uma ideia, a primeira estimativa de publicação dos Ventos do Inverno era 2014! Desde então, ano após ano, o prazo foi empurrado com a barriga com uma falta de misericórdia digna de Ramsey Bolton. 

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Muitos especulam se Martin não estaria trabalhando em paralelo nos dois últimos volumes, Ventos do Inverno e Um Sonho de Primavera, para lançá-los ao mesmo tempo. Em uma entrevista recente, Ian McElhinney – o ator que interpretou o cavaleiro Barristan Selmy em GoT – lançou no ar uma bomba: disse que Martin já tinha concluído os livros, mas tinha um acordo com a HBO de esperar o fim da série para publicá-los.

Martin desmentiu tudo com veemência, reforçando que a teoria não tem pé nem cabeça. Por que diabos ele e as editoras que detêm os direitos de publicação de suas obras teriam interesse em guardar na manga essas verdadeiras minas de ouro, que darão milhões de dólares?

Martin ainda afirmou que nem começou a escrever Sonho — só vai rolar depois que Ventos for concluído. E comentou que o manuscrito das duas obras juntas vai superar 3 mil páginas – um trabalho enorme em cima de todo o resto do trabalho que Martin já tem.

Só para a HBO, atua como produtor de nada menos que cinco séries, uma delas um prequel de Game of Thrones. Ele também está produzindo duas séries para o Hulu, serviço de streaming da Disney rival da Netflix, e uma para o History Channel. Já publicou livros de contos, atlas e outros projetos do universo expandido das Crônicas de Gelo e Fogo.

Agora, Martin ainda planeja criar curtas adaptados de contos clássicos de seu gênero literário, e até para um game japonês ele prestou consultoria. Em meio a tantos projetos, tudo o que esperamos é que, dessa vez, o mestre da fantasia épica consiga cumprir o novo deadline — e que seu desfecho para a história de Westeros seja melhor que o da série.

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