Arqueologia: sempre uma novidade
Por mais que já tenham sido estudados, certos monumentos antigos continuam na mira dos arqueólogos. Resultado: as descobertas não param nunca
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Atualizado em 31 out 2016, 18h20 - Publicado em 31 jul 2008, 22h00
Texto Fred Linardi
PIRÂMIDES DE GIZÉ
O que foram – Tumbas dos faraós egípcios Quéops, Quéfren e Miquerinos – pai, filho e neto, respectivamente. Elas começaram a ser construídas por volta do ano de 2700 a.C. e só ficaram prontas 20 anos mais tarde. Dentro delas não há nada além de uma tumba, parecida com as encontradas no Vale dos Reis. Originalmente, tinham o vértice coberto de ouro, para refletir de longe os raios do sol.
Descoberta recente – Nos últimos anos, a arqueologia ajudou a desfazer um dos grandes mitos envolvendo as pirâmides: elas não foram erguidas por escravos, mas por trabalhadores especializados nesse tipo de construção. Estima-se que as obras mobilizavam cerca de 5 mil operários fixos no período de um ano. Além desses, outros 20 mil homens davam apoio ao canteiro de obras durante alguns meses.
PETRA
O que foi – Foi uma verdadeira metrópole do Oriente Próximo, em solo que hoje pertence à Jordânia. A cidade surgiu por volta de 1200 a.C. e teve seu auge entre os séculos 1 a.C. e 3, período em que foi capital do Império Nabateu. Especialistas em engenharia hidráulica, os nabateus levaram água “encanada” para Petra com a construção de um complicado sistema de túneis e cisternas.
Descoberta recente – Os arqueólogos jamais encontraram sinais de uma casa do período em que Petra foi ocupada pelos nabateus. Os únicos vestígios daquela época são de prédios supostamente públicos e túmulos – mais de 1 000 já foram encontrados. Hoje, acredita-se que as pessoas comuns viviam em tendas. Herança de antepassados nômades? Ou indício de uma espécie de favela da Antiguidade?
O que foi – Construído no centro de Roma por ordem do imperador Vespasiano, o imenso anfiteatro significou diversão gratuita para os romanos por cerca de 500 anos, de 70 a.C. a 430. Foi palco de lutas sangrentas entre gladiadores, embates entre homens e animais selvagens trazidos da África e até encenações de batalhas navais – quando a arena era inundada com água levada por dutos subterrâneos.
Descoberta recente – O Coliseu tem o tamanho de um estádio de futebol e era capaz de receber 50 mil pessoas. Pesquisas recentes indicam que ele foi construído em apenas 8 anos. O segredo de tanta agilidade, segundo os arqueólogos, estava no “concreto” de secagem rápida inventado pelos romanos: uma mistura de cal, cascalho, água e areia da praia, extraída na região onde hoje fica a cidade de Nápoles.
O que foi – O círculo de pedras mais famoso do mundo foi construído há cerca de 5 mil anos e provavelmente era um observatório. Suas 35 rochas marcam alguns eventos astronômicos, como os solstícios de verão e inverno, e ajudavam os ingleses da Pré-História a distinguir as estações. Tudo indica que as pedras vieram de um lugar a mais de 30 quilômetros de distância. A mais pesada tem 40 toneladas.
Descoberta recente – Além de observatório astronômico, Stonehenge pode ter sido usado para cerimônias religiosas, inclusive funerárias. Ossos humanos encontrados na área sugerem que uma espécie de cemitério existiu ali desde a primeira fase de construção. A análise dos restos mortais indica que o local provavelmente era reservado aos indivíduos mais ricos e importantes.
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