Conforme a Terra dá voltas em torno do Sol e gira sobre o próprio eixo, partes dela são iluminadas — e outras ficam no escuro. Por isso é dia em alguns pontos enquanto é noite em outros, e há diferenças de horário entre os lugares.
Mas, até o século 19, isso era uma bagunça: cada cidade definia sua própria hora, sem coordenação central. Nos EUA, as ferrovias eram obrigadas a manter tabelas com mais de 300 horários diferentes.
Em 1884, a Conferência Internacional do Meridiano botou ordem no planeta estabelecendo as regras que usamos hoje: 24 fusos horários, com o horário central baseado em Greenwich (um distrito de Londres).
Houve resistência, pois cada país queria que o centro fosse sua própria capital, mas todos acabaram aceitando (o Brasil, em 1913).
Os fusos horários foram essenciais para a globalização. Mas alguns países os adotam de um jeito peculiar. Na China, o país todo segue um fuso, de Pequim, o que gera distorções: nas cidades mais a Oeste, às vezes a manhã só começa às 10h, e há dias em que já é meia-noite quando o sol se põe.