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E se o Brasil voltasse a ser uma monarquia?

Os casamentos reais seriam só o começo: o aniversário de d. Pedro I seria feriado e os príncipes e princesas seriam alvos dos paparazzi.

Por Raquel Carneiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h04 - Publicado em 18 Maio 2018, 18h33
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  • O caminho para a mudança da forma de governo, de república para monarquia, seria um plebiscito com voto popular. Caso a monarquia tivesse preferência nacional, uma nova Constituição seria redigida e os descendentes da família imperial assumiriam o trono. O primeiro da fila na linha de sucessão é Luís Gastão de Orléans e Bragança, 79 anos, trineto de dom Pedro 2º e bisneto da princesa Isabel.

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    Na parte política, o Brasil adotaria um modelo parecido com o que existe no mundo ocidental, virando uma monarquia constitucional e parlamentarista. É o caso da Inglaterra e da Espanha, onde os reis reinam, mas não governam, cumprindo apenas função diplomática e simbólica. Quem manda no orçamento escolhe equipes e governa de fato é um presidente ou primeiro-ministro. Nesse caso, o governante não é eleito diretamente pelo povo, mas por membros do legislativo.

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    (Curiosidade: em 1993, um plebiscito sobre a escolha do sistema de governo brasileiro teve 55% dos votos para o presidencialismo, 25% dos votos para o parlamentarismo e 10% (6,8 milhões) para a monarquia.)

    Família imperial

    (Rafael Cerveglieri/Mundo Estranho)

    Luís Gastão de Órleans e Bragança, chefe da Casa Imperial Brasileira, subiria ao trono. O próximo na linha de sucessão seria dom Bertrand de Órleans e Bragança. Se hoje o Brasil fosse uma monarquia, Bolsonaro não seria o primeiro-ministro, mas sim Arthur Lira, o líder dos deputados. Antes dele, teria sido Rodrigo Maia.

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    Na prática

    (Rafael Cerveglieri/Mundo Estranho)

    Na monarquia parlamentarista, seguem três poderes, com executivo e legislativo mesclados e o judiciário independente. O povo elege o parlamento – câmara alta (senadores) e câmara baixa (deputados) – e o parlamento escolhe o chefe do executivo. Na monarquia brasileira existia um quarto poder, o moderador, que comandava os demais e era representado pelo imperador.

    Aristocracia tem preço

    Membros da família real e da elite, além de militares, poderiam ter títulos de nobreza. Os preços variariam de acordo com região e título – ser duque, por exemplo, era três vezes mais caro do que ser barão no Brasil pré-republicano.

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    Tradições com data

    (Rafael Cerveglieri/Mundo Estranho)

    A Proclamação da República (15/11) seria riscada do calendário e voltaria a ser feriado o Dia do Descobrimento do Brasil (22/4). Já o dia de Nossa Senhora Aparecida (12/10) também relembraria o aniversário de d. Pedro I.

    Paparazzi real

    (Rafael Cerveglieri/Mundo Estranho)

    O reino das celebridades inflaria. Dom Pedro Henrique teve 12 filhos – príncipes e princesas de monte. Sem falar do racha familiar entre d. Pedro e d. Luís, que dividiu herdeiros entre os ramos de Vassouras e Petrópolis, trama digna de um reality show.

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    Nada de “Ordem e Progresso”

    (Rafael Cerveglieri/Mundo Estranho)

    Voltaria a bandeira do Brasil Imperial. Ao centro, um escudo verde, uma esfera armilar e a Cruz da Ordem de Cristo, com a coroa no topo. A faixa azul com estrelas representaria os estados. Nas laterais, ramos de café e tabaco.

    Brasília na cabeça – e Rio no coração

    (Rafael Cerveglieri/Mundo Estranho)

    Transferir a capital do Rio de Janeiro para o centro do Brasil já era cogitado no século 19 por d. Pedro 2º. Logo, Brasília continuaria sendo o centro político do país. O Palácio da Alvorada, casa da Presidência, poderia ser o lar da família real. No Rio, muitos terrenos e imóveis clássicos estão ligados à história imperial. O Palácio da Guanabara, a Quinta da Boa Vista, o Jardim Botânico, a Ilha Fiscal e o Museu Imperial, em Petrópolis, poderiam até ser reavidos como propriedades da família real.

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    Custe o que custar

    (Rafael Cerveglieri/Mundo Estranho)

    Reis e rainhas custam caro e parte do sustento vem de dinheiro público. A família real britânica, por exemplo, custa US$ 300 milhões por ano (cerca de R$ 1 bilhão), verba que mistura dinheiro de impostos e uma renda particular da rainha.

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    CONSULTORIA Rodrigo Estramanho de Almeida, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP), e Eduardo José Afonso, historiador da Unesp / FONTES TSE, Câmara dos Deputados, Presidência da República; livros Vultos do Império e História do Brasil: Período Colonial, Monarquia e República, de Hélio Vianna.

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