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E se… os dinossauros ainda habitassem o planeta?

Não, não é Jurassic Park

Por Mariana Iwakura
Atualizado em 9 jan 2023, 22h13 - Publicado em 31 Maio 2004, 22h00

Você deve estar imaginando que seria aterrorizado na rua pelas feras. Ou então as vê confinadas em jaulas, enquanto seus filhos comem pipoca e se impressionam com os répteis gigantes do outro lado das grades. Pois é melhor parar de se imaginar nessa cena porque, caso os dinossauros não tivessem sido extintos, você não estaria aí lendo essa revista – nem eu estaria aqui escrevendo.

A grande extinção deixou nichos ecológicos vagos. Sem esse evento, os mamíferos não teriam se desenvolvido e a espécie humana não chegaria a existir. O paleontólogo americano Dale Russell, da Universidade da Carolina do Norte, acredita que, se os dinossauros não houvessem entrado em extinção há 65 milhões de anos, teriam continuado seu processo de evolução e se adaptado às transformações da natureza. Eles continuariam a ser os donos do pedaço, mas o mundo seria bem parecido com o nosso: alguns animais no mar, outros nos campos, predadores à espreita, aves no céu e, é claro, seres inteligentes e civilizados. Inteligentes e civilizados?

Para Russell, o deinonicossauro – um carnívoro bípede cujo cérebro tinha potencial para crescer – poderia ter evoluído a ponto de dar origem a uma espécie inteligente. Como todo ser racional, esse dinossauro se manteria longe dos seus predadores e perto de seus semelhantes, isolando-se das espécies selvagens.

“É importante considerar as tendências e o potencial evolutivo de cada espécie”, diz o paleontólogo Reinaldo Bertini, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) de Rio Claro. “Algumas desapareceriam de qualquer maneira.” A pedido da Super, Bertini imaginou como seriam alguns dinossauros que povoariam a Terra nos milhões de anos seguintes à “não-extinção”.

Previsão genética

Tricerátops – Galope nos pastos

O tricerátops daria origem a um grande herbívoro. Seu pescoço seria mais longo para alcançar as gramíneas de alto poder nutritivo e a dentição seria adaptada para mastigá-las. Para andar no solo duro dos pastos, que ainda não existiam na época dos dinossauros, o herbívoro passaria a se apoiar apenas na ponta dos dedos, desenvolvendo um casco, como o de um cavalo

Ilustração de tricerátops

Hadrossauro – Rei dos mares

O hadrossauro, dinossauro de hábitos anfíbios, tinha membranas entre os dedos, como os patos, e usava os ambientes aquáticos como fonte de alimento e refúgio. Ele daria origem a uma espécie de dinossauro aquático. A versão evoluída teria revestimento de placas dérmicas e atingiria até 20 metros de comprimento. O movimento da cauda longa e achatada auxiliaria seu deslocamento na água

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Ilustração de Hadrossauro

Deinonicossauro – Terror das savanas

O deinonicossauro teria evoluído por dois caminhos. Um levaria ao dinossauróide inteligente, o outro, ao seu parente mais bestial: um predador das savanas. Esse predador teria boa parte dos traços do seu ancestral, porém possuiria cérebro mais evoluído. As táticas de caça seriam as mesmas: rasgar a pança da presa com as garras e devorar as vísceras antes que algum outro predador aparecesse

Ilustração de Deinonicossauro

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Tiranossauro – Tiranossauro rex

O mais famoso e temido dos dinossauros teria desaparecido, já que, na época da grande extinção, o tiranossauro já havia atingido o auge de sua evolução. Ao contrário do que vemos nos filmes, a fera era lenta, provavelmente não vociferava e – pasme! – não caçava. Era, na verdade, um carnívoro oportunista, alimentando-se de grandes animais mortos

Ilustração de tiranossauro

Triconodonte – Ancestrais tímidos

Mamíferos, entre eles os triconodontes, já existiam na época dos dinossauros. Nossos ancestrais eram bichos bem pequenos, como gambás, e escondiam-se em tocas e árvores para escapar de seus predadores. Sem a extinção, eles teriam permanecido à sombra dos dinossauros, vivendo nas florestas e savanas e só saindo à noite para comer insetos e frutas

Ilustração de Triconodonte

Pteranodonte – Céu familiar

Pelo menos esse ambiente seria como hoje. Os pterossauros, como o pteranodonte, já haviam atingido todo seu potencial evolutivo. Não havia mais para onde crescer e eles se extinguiriam. As aves, que eram pequenas, teriam crescido, diferenciando-se e ocupando o céu, tal qual fizeram

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Ilustração de Pteranodonte

Dinossauroide, a espécie superior

A teoria de Russel, de que os dinossauros teriam dado origem, 30 milhões de anos atrás, a um grupo inteligente, foi lançada na década de 80 e gerou muita polêmica. A descrição física do dinossauroide, feita pelo paleontólogo, é muito parecida com os relatos de pessoas que juram ter visto seres alienígenas

Ilustração de Dinossauroide

Cabeçudos
Os dinossauroides andariam eretos, teriam cabeça e olhos grandes e visão aprimorada. Não apresentariam pelos nem orelha

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Refinados
Como os humanos, teriam desenvolvido linguagem e instrumentos para domínio de seu mundo. Com três dedos nas mãos, sendo um oposto, conseguiriam executar movimentos delicados, como o de pinça

Unidos
Os dinossauroides seriam sedentários e viveriam em núcleos familiares, estabelecidos em comunidades. Como seres racionais, iriam manter-se longe dos predadores

Bons de garfo
Teriam hábitos onívoros, para melhorar a nutrição e desenvolver os sentidos. No lugar de dentes, haveria uma superfície de queratina

Recatados
Os órgãos sexuais seriam envoltos por uma bolsa de pele. O dinossauroide não seria ovíparo como seus antepassados. A fêmea daria à luz um filhote “pronto”

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