Lixo nas ruas, odores terríveis espalhados por todos os cantos, nobres ricos com dentes podres e roupas nojentas. Durante a Idade Média, na Europa, precárias condições de higiene causaram o surgimento de pragas mortais, como a peste negra, transmitida por ratos e que matou um terço de todo o continente. Durante séculos, não se associava a proliferação de doenças com a falta de higiene. Manter-se limpo não era um costume popular, principalmente em regiões mais frias, onde tomar banho no inverno era uma tarefa dura numa época sem chuveiro quente.
O conceito de higiene como hoje conhecemos é bastante recente, apesar de na Pré-História já se usar água corrente para lavar o corpo sujo de terra. Durante a Antiguidade, em lugares como Roma, eram comuns banhos públicos, mas não se pode dizer que os habitantes do império eram limpos.
Sabonetes passaram a existir só para os ricos. Nicholas Leblanc, um químico francês, descobriu em 1791 um método barato e eficiente para se obter sabão de qualidade disponível para outras classes sociais. Mais tarde, em 1848, em Viena, o médico Ignez Semmelweis percebeu que o simples ato de lavar as mãos numa solução de cloro antes de se realizar partos diminuía muito a mortalidade materna. Apesar de perseguido na época, e se suicidado, ele deu o primeiro passo para o desenvolvimento da higiene e da assepsia, aprimoradas posteriormente por nomes como Louis Pasteur.