A figura serena de Buda, sentado em posição de lótus, com os olhos semicerrados e as mãos unidas, é uma das imagens mais popularmente associadas à meditação. Mas essa prática que procura aquietar a mente, mesmo num mundo repleto de estímulos sensoriais, data de muitos anos antes da vida de Sidarta Gautama, em 500 a.C., e da criação do budismo. Mesmo assim a fi gura e os ensinamentos de Buda foram decisivos para a disseminação da meditação por todo o planeta.
Há formas de meditação nos primórdios de diversas religiões, incluindo judaísmo, islamismo, taoísmo e até cristianismo. Porém vêm do hinduísmo os fundamentos das técnicas de meditação mais conhecidas e mais concretas, incluindo o yoga, que não possui caráter diretamente religioso.
É também no hinduísmo que se encontram algumas das evidências mais antigas da prática, como estátuas em posição de meditação com cerca de 5 mil anos de idade aproximada. No mundo ocidental, a meditação do Oriente se popularizou a partir da década de 1960, identifi cada com a contracultura que explodiu na época. Cada vez mais desconectada da religião, a meditação começa a ser inclusive indicada para aliviar ou combater os efeitos colaterais do estressante mundo industrial.