Os 10 primeiros animais que foram ao espaço
Spoiler: moscas e até um macaco viajaram antes da Laika.

No início da corrida espacial, antes de arriscar enviar seres humanos para a órbita da Terra, cientistas decidiram que os primeiros viajantes seriam bem diferentes. Em 20 de fevereiro de 1947, os Estados Unidos lançaram um grupo de moscas-da-fruta a bordo de um foguete V-2 modificado. As pequenas pioneiras foram usadas para estudar os efeitos da radiação cósmica. A viagem foi suborbital e, surpreendentemente, elas retornaram vivas — tornando-se os primeiros seres vivos conhecidos a visitar o espaço.

Poucos anos depois, em 14 de junho de 1949, Albert II, um macaco-rhesus, partiu rumo ao espaço no topo de outro V-2. Ele foi o primeiro mamífero a cruzar a linha sideral, mas infelizmente morreu na reentrada devido a uma falha no paraquedas.
(Nas duas décadas seguintes, os EUA lançariam outros macacos ao espaço, com taxas de mortalidades altíssimas, para estudar os efeitos do voo no corpo de um ser vivo.)

O próximo passo veio em 15 de agosto de 1950, quando camundongos foram enviados para o espaço em missões experimentais. Embora nenhum tenha sobrevivido, essas viagens forneceram dados valiosos sobre como organismos pequenos reagem à aceleração e à microgravidade.

A União Soviética entrou na disputa em 22 de julho de 1951, com os cães Tsygan e Dezik, que viajaram em um foguete R-1. Eles foram os primeiros cães a retornar vivos de um voo suborbital, abrindo caminho para missões cada vez mais ousadas. Anos depois, em 1957, a cachorrinha referência de voos espaciais, a Laika, foi ao espaço pela URSS, mas não sobreviveu.

Em 15 de setembro de 1959, um passageiro inusitado subiu aos céus: a coelha Marfusha. Ela participou de um teste de cápsula no foguete R-2. Marfusha sobreviveu à viagem e virou uma pequena celebridade na União Soviética. A bichinha subiu aos céus junto com dois cães.

Pouco tempo depois, em 9 de março de 1961, porquinhos-da-índia embarcaram em uma missão no Korabl-Sputnik 4, acompanhados por ratos e outros pequenos animais. Eles voltaram em segurança, provando que até criaturas mais frágeis poderiam suportar as condições extremas do lançamento e da reentrada.

Enquanto isso, os EUA se preparavam para lançar o primeiro chimpanzé ao espaço.

Já em 18 de outubro de 1963, a França fez história ao enviar Félicette, a primeira gata no espaço. A bordo de um foguete Véronique, ela enfrentou a microgravidade e retornou viva. Sua missão ajudou a compreender como o sistema nervoso central reage no ambiente espacial.

No 9 de novembro de 1970, foram os sapos que ganharam vez. Em um voo francês, eles viajaram para investigar como a ausência de gravidade afeta o sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio. O retorno foi bem-sucedido.

Com a estação espacial Skylab já em operação, em 1973 foi a vez dos peixes mummichog. Pequenos animais acostumados a águas salobras (entre a doce e a salgada), eles serviram para estudar orientação e locomoção sem gravidade. Logo depois, também em 1973, duas aranhas — Arabella e Anita — embarcaram na Skylab para um desafio: tecer teias em microgravidade. Depois de alguns ajustes, conseguiram criar teias mais simétricas que as feitas na Terra.

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