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Os senhores de Roma

Entenda como surgiu o Império - e quem eram os homens mais poderosos do mundo nas diferentes fases políticas de Roma.

Por Paulo D·Amaro
Atualizado em 25 out 2017, 15h02 - Publicado em 31 mar 2003, 22h00

Roma surgiu da união de tribos que viviam de modo rudimentar perto do rio Tibre. A lenda diz que tudo começou com dois irmãos adotados por uma loba. Em 1.200 anos, seus mais de mil líderes estiveram entre os homens mais poderosos do mundo.

1ª FASE: A Monarquia (753 – 509 A.C.)

(Dióscoro Teófilo de la Puebla Tolín/Domínio Público)

Roma passou de uma pequena cidade-estado a um reino poderoso. Apesar da estabilidade havia tensões, pois ali conviviam três povos de costumes diferentes. Sabinos e latinos eram dados à agricultura e ao pastoreio. Etruscos privilegiavam o comércio, o artesanato e a guerra

Quem é que mandava:

PATRÍCIOS

O rei era eleito por um conselho de aristocratas – os patrícios – entre os indicados pelo Senado. As guerras derem popularidade inédita aos reis, o que gerou ciúme entre os senadores

RÔMULO (753 – 715 A.C.)

Se ele é irmão gêmeo de Remo, que segundo a lenda foi salvo por uma loba, ninguém sabe. O fato é que o primeiro monarca de Roma foi mesmo um certo rei chamado Rômulo

2ª fase: República (509 – 27 A.C.)

(Lionel Royer/Domínio Público)

Para muitos especialistas, a República foi a forma encontrada pelo Senado para manter o poder diante da crescente popularidade dos reis guerreiros junto aos mais pobres – os plebeus

Quem é que mandava:

TRAMAS E GOLPES

Um complicado sistema de governo baseado na eleição de duplas de cônsules escondia o fato de que os 300 senadores eleitos pelos patrícios é que mandavam. O povo conseguiu seus representantes, como os irmãos Caio e Tibério Graco – responsáveis por uma tentativa de reforma agrária e pela distribuição gratuita de pão. Mas a insatisfação geral, aliada ao fortalecimento dos generais, que expandiam os limites e o poder de Roma e traziam escravos e produtos para o consumo dos patrícios, colocou em xeque, mais uma vez, o poder do Senado. Uma série de golpes de Estado colocou fim ao sistema republicano

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JÚLIO CÉSAR (45 – 44 A.C.)

Militar de família nobre, liderou as conquistas da Ibéria e da Bretanha. Escrevia sobre suas batalhas e enviava relatos a Roma, o que fez dele um ídolo popular. Foi feito cônsul do primeiro triunvirato (60 a.C.), mas tornou-se tão poderoso que iniciou uma guerra civil e destituiu os outros dois, proclamando-se ditador. Aos 56 anos de idade foi apunhalado num complô nas escadarias do Senado romano. Acabou emprestando seu nome aos imperadores que viriam e virou sinônimo de líder poderoso e absoluto, dando origem aos termos “czar” na Rússia e “kaiser” na região onde hoje fica a Alemanha

3ª fase: Império (27 A.C. – 476 D.C.)

(Eustache Le Sueur/Domínio Público)

A expansão territorial e crises internas abriram caminho para os usurpadores, motivo pelo qual houve períodos com mais de um imperador declarado. O Império ruiu com a invasão dos bárbaros, no século 5.

Quem é que mandava:

OTÁVIO AUGUSTO (27 A.C. – 14 D.C.)

Pacificou Roma com “pão e circo”. Fez a maioria das obras vistas hoje em ruínas. Seu exercito chegou a ter 300 mil homens. Morreu doente aos 77 anos

CALÍGULA (37 – 41 D.C.)

Destruiu a confiança na figura do imperador conseguida por Augusto. Nomeou seu cavalo cônsul e substituiu as estátuas dos deuses por imagens de seu próprio rosto. Foi assassinado aos 28 anos

NERO (54 – 68 D.C.)

Incendiou Roma para reconstruí-la ao seu gosto. Exilou a mulher e tramou a morte da mãe. Suicidou-se aos 30 anos de idade

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TRAJANO (98 – 117 D.C.)

Estendeu os limites do Império ao máximo. Construiu estradas e modernizou portos. Criou a figura do “curador”, uma espécie de prefeito. Morreu aos 65 anos de idade

ADRIANO (117 – 138 D.C.)

Culto e mais inclinado às palavras do que às armas, deu aos romanos 20 anos de paz. Realçou as belezas da cidade e promulgou leis que regeram Roma por dois séculos. Morreu doente aos 62 anos

MARCO AURÉLIO (161 – 180 D.C.)

Filósofo, promoveu o reerguimento cultural de Roma. Aos 59 anos, morreu doente (e não assassinado pelo filho Comôdo, como no filme Gladiador)

CONSTANTINO (306 – 337 D.C.)

Determinou o fim da perseguição aos cristãos, permitindo-lhes o culto e a abertura de templos. Mudou a capital do Império para Bizâncio (futura Constantinopla). Morreu doente em 337

TEODÓSIO (378 – 395 D.C.)

Oficializou o cristianismo. Separou o Império em dois: o do Oriente e o do Ocidente. Morreu aos 50 anos de idade

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ROMA: DO NASCIMENTO À MORTE

Todos os líderes políticos de Roma, do surgimento da metrópole até a queda do Império.

MONARQUIA

753-715 a.C. Rômulo

715-673 a.C. Numa Pompílio

673-642 a.C. Túlio Hostílio

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642-617 a.C. Ancus Márcio

616-579 a.C. Tarquínio Prisco

578-535 a.C. Sérvio Túlio

534-510 a.C. Tarquínio Soberbo

REPÚBLICA

509-31 a.C. Cerca de mil cônsules governaram

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60 a.C. Crasso, Pompeu e Júlio César

45-44 a.C. Júlio César

44-31 a.C. Otávio Augusto, Marco Antônio e Lépido

31-27 a.C. Otávio Augusto

IMPÉRIO

27 a.C.-14 d.C.Otávio Augusto

14-37 Tibério

37-41 Calígula

41-54 Cláudio

54-68 Nero

68-69 Galba

69 Oton e Vitélio

69-79 Vespasiano

79-81 Tito

81-96 Domiciano

89 Saturnino

96-98 Nerva

98-117 Trajano

117-138 Adriano

138-161 Antônio Pio

161-166 L. Verus

161-180 Marco Aurélio

180-192 Cômodo

192-193 Pertinas

193 Dídio Juliano

193-211 Sétimo Severo

211 Geta

211-217 Caracala

217-218 Macrínio

218-222 Elagabalo,Seleuco, Urânio, Gelo Máximo e Vero

222-235 Severo Alessandro e Tauríneo

235-238 Maximínio Tras, Magno e Quartinus

238 Gordiano I, Gordiano II, Pupieno e Balbino

238-244 Gordiano III

244-249 Filipe I

247-249 Filipe II

248 Pacaciano, Iotapiano, Silbanco,Esponsiano

249-251 Trajano Décio

250 Júlio Prisco eLiciniano

251 Erênio Etrusco,Hostiliano

251-253 Treboniano Galo e Volusiano

253 Urânio Antonino, Emílio e Emiliano

253-268 Valeriano I, Maredes, Valeriano II e Galieno

268-269 Ingeno, Regaliano, Macriano I, Macriano II, Quieto, Piso, Valens, Balista, Múcio, Emiliano, Memor, Celso, Auréolo, Saturnino, Censorino, Póstumo, Laeliano e Mário

269-270 Cláudio II

270-273 Quintílio, Felicíssimo, Tétrico I, Tácito e Aureliano

271-272 Domiciano, Urbano, Setímio e Vabalato

273-274 Tétrico II e Firmo

274-282 Floriano e Probo

280-281 Bonoso, Saturnino e Proculo

282-284 Caro, Numeriano e Carino

284-305 Diocleciano e Tetrarco

284-305 Caráusio, Aleto, Domício, Maximiniano Hercúleo, Constâncio I, Cloro Galério, Maximino Daia e Severo II

306-312 Maxêncio

306-313 Constantino e Tetrarco

313-324 Constantino e Licínio

308-309 Domício Alessandro

306-313 Constantino e Tetrarco

313-324 Constantino e Licínio

314 Valens

324 Martiniano

333-334 Calocaero

337-340 Constantino II

337-350 Constâncio I

350-361 Constâncio II

350-355 Magnêncio, Vetrânio Nepociano e Silvano

361-363 Juliano II

363-378 Joviano, Valenciano I, Firmo Procópio, Marcelo Graciano e Valens

375-392 Valentiniano II

378-395 Teodósio I

383-388 Magno Máximo e Flávio Vitor

392-394 Eugênio

393-423 Honório

407-411 Constantino III, Prisco, Constâncio Máximo

411-415 Jovino, Prisco Atalo e Sebastiano

421 Constâncio III

423-425 Johannes

425-455 Valentiniano III

455 Petrônio Máximo

455-456 Ávito

457-461 Majoriano

461-465 Líbio Severo

467-472 Antemo

468-472 Arvando, Romano e Olívio

473-474 Glicério

474-475 Júlio Nepos

475-76 Rômulo Augusto

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