Texto Rodrigo Ratier
1. O fogo na Califórnia nasceu com a junção de baixa umidade do ar, tempo quente e ventos fortes. Nessas condições, uma simples bituca acesa pode ter detonado o incêndio que desalojou 1 milhão de pessoas.
2. Quando a floresta começa a queimar, o ar quente das chamas tende a subir, criando um vácuo junto à área verde. No caso californiano, este espaço foi rapidamente preenchido pelas rajadas do vento desértico Santa Ana, de até 170 km/h.
3. Os sopros de ar do Santa Ana trazem mais oxigênio, alimentando a combustão. E as rajadas agem como um lança-chamas, transportando folhas flamejantes a até 800 m de distância.
4. As chamas avançam de 3 formas. O fogo na copa das árvores é o mais difícil de combater. Com chamas a até 40 m de altura, é preciso derrubar árvores ou usar aviões-tanque para despejar água.
5. O segundo tipo de incêndio, o fogo rasteiro, é o mais comum. Ele se propaga junto ao solo queimando folhas, palha e capim seco. Na Califórnia, o fogo rasteiro foi combatido por 7 mil bombeiros.
6. O último tipo, o fogo oculto, queima a parte interna de troncos e raízes como um carvão em brasa por até 10 dias. Aí, uma rajada de vento pode recomeçar o incêndio em um dos 8 mil focos que arderam neste ano na Califórnia.