O asteróide que caiu no Golfo do México, extinguindo mais de 40% das espécies animais, há 65 milhões de anos, não teria efeitos tão catastróficos se tivesse batido mais perpendicularmente contra a Terra. Pesquisadores da Universidade Brown, em Rhode Island, reproduziram o choque em laboratório, usando um detonador da Nasa capaz de acelerar um projétil a mais de 18 000 quilômetros por hora (veja os quadros ao lado). Ao atingir uma superfície de características semelhantes à do Golfo do México, num ângulo menor que 30 graus, bem fechado, o projétil deixou a mesma marca na forma de ferradura da cratera de Chicxulub. E mostrou como a grande nuvem de vapor e poeira avançou sobre a América do Norte. “Isso significa que a devastação não depende só do tamanho do bólido, mas também do ângulo com que ele cai”, disse à SUPER Peter Schultz, líder da pesquisa. “Quanto mais de raspão fôr a queda, mais detritos são lançados na atmosfera.”
Cai e sacode a poeira
A experiência em laboratório mostra os efeitos da queda do asteróide a 15 graus de inclinação.
O bólido bate contra o solo a 18 000 quilômetros por hora,…
… levantando a nuvem de poeira
de 1 500 quilômetros de largura…
… e 500 quilômetros de altura. Ela pode ter liquidado os dinossauros.
A arma, as vítimas e os sobreviventes do crime
Camadas do subsolo marinho são testemunhas da queda do asteróide.
5 – Fósseis dos sobreviventes que repovoaram o oceano após o desastre.
4 – Irídio arrancado do asteróide.
3 – Areia vitrificada pelo calor gerado no impacto.
2 – A vida marinha some nesta quebra, de 65,2 milhões de anos.
1 – Fósseis marinhos de mais de 65,2 milhões de anos.