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Animais extintos: Miniatura de morcego

O pequeno morcego comedor de frutas já era uma espécie rara na ilha de Guam. Os caçadores trataram de colocá-lo na lista dos animais extintos

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 out 2004, 22h00 • Atualizado em 31 out 2016, 19h05
  • Leandro Steiw

    Nativo da Ilha de Guam, um dos territórios dos Estados Unidos no Oceano Pacífico, o pequeno-morcego-de-frutas-mariana desapareceu da Terra devido à intervenção humana e aos rigores da natureza. Os homens atacaram com armas de fogo e destruíram o habitat do morcego, enquanto a natureza mandou impiedosos furacões. Mesmo no auge da sobrevivência, o pequeno-mariana sempre foi um animal raro. Prova disso é que os cientistas coletaram apenas três espécimes desde que os colonizadores espanhóis, japoneses e americanos pisaram na ilha do povo chamorro, a partir do século 16. O último exemplar conhecido data de 1968 – e foi abatido por caçadores. Desde então, outros pequenos-marianas foram procurados na região e na vizinha Ilha Mariana do Norte, mas jamais foram encontrados. Só restou o parente mais próximo, o morcego-de-frutas-mariana (Pteropus marianus marianus), maior em comprimento e em envergadura, que ainda sobrevoa as matas de Guam.

    O pequeno morcego media cerca de 15 centímetros da cabeça ao rabo e de 65 a 71 centímetros de uma asa à outra. A cor do abdome e das asas variava do marrom ao marrom-escuro, com alguns pêlos brancos, enquanto o pescoço era coberto por um manto marrom ou dourado. Boa parte dos hábitos do morceguinho é conhecida pela observação do primo mariana. Quando não estava dormindo durante o dia, ele encontrava tempo para interagir com outros morcegos, em busca de reprodução, ou para defender território, pois o macho podia ter várias parceiras. Depois do pôr-do-sol, voava em grupos por várias horas para se alimentar de frutas e flores, como mamões, figos e cocos. Por causa de suas preferências alimentares, o pequeno-mariana tinha um papel relevante na polinização de plantas e distribuição de sementes. Ele também era importante no cardápio dos chamorros, que consideravam a espécie um prato delicioso, o que pode ter acelerado a extinção desses mamíferos voadores. A situação se agravou com o advento das armas de fogo, que tornaram a caça bem mais fácil.

    Aquela última fêmea vista por olhos humanos, morta pelos caçadores em 1968, estava acompanhada de um morcego jovem. Era provavelmente um filhote, que conseguiu escapar dos tiros. Não houve tempo de observar se a mãe estava carregando o morceguinho ou se os dois voavam juntos. Segundo os especialistas do Instituto de Administração da Conservação (um centro de estudos ligado à Faculdade de Tecnologia da Virgínia, nos Estados Unidos), isso pode indicar que os cuidados maternos duravam vários meses depois do nascimento. A fim de evitar o mesmo triste destino para os primos sobreviventes, o governo de Guam limitou a caça dos marianas e criou quatro reservas selvagens, totalizando 1 700 hectares. Mesmo assim, a espécie continua ameaçada.

    Pequeno-morcego-de-frutas-Mariana

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    Nome científico: Pteropus tokudae

    Ano da extinção: 1968

    Habitat: Ilha de Guam

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